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Mercados em NY devem abrir em baixa com Espanha

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
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Em dia sem anúncio de indicadores nos Estados Unidos antes da abertura das bolsas, o agravamento da crise na Europa faz os índices futuros operarem em queda no pré-mercado, indicando que o pregão normal pode abrir em baixa. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones Futuro recuava 0,10%, o Nasdaq perdia 0,40% e o S&P cedia 0,18%.Na Europa, Espanha e Grécia seguem no centro das preocupações dos investidores. As bolsas locais operam em queda e o euro também está em baixa. Na Espanha, a atividade econômica segue fraca no terceiro trimestre deste ano, segundo o Banco Central do país. Em um relatório, foi divulgado que a economia teve contração significativa no período, diante da deterioração da confiança do consumidor e das contínuas pressões dos mercados financeiros. A resistência do governo em pedir um pacote formal de ajuda diante desse cenário segue trazendo incertezas aos mercados. Além dos dados econômicos fracos na Espanha, o aumento da tensão social no país, com protestos em Madri e outras cidades, ajuda a piorar o clima entre os investidores. Um sinal do aumento das pressões foi o protesto feito ontem por milhares de pessoas nas ruas de Madri contra os cortes de gastos planejados pelo governo, que deixou dezenas de feridos em conflitos com a polícia. As atenções hoje se voltam para o discurso que o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, faz no Conselho das Américas, em Nova York, às 13h30 (horário de Brasília).Na Grécia, uma greve geral de 24 horas está sendo realizada nesta quarta-feira também em protesto contra medidas de austeridade. Isso ampliou a sensação de que a crise da zona do euro está se aprofundando novamente, apesar de o Banco Central Europeu (BCE) ter prometido recentemente que voltará a comprar bônus soberanos de países endividados. O temor com relação à Grécia é que o país tenha um déficit público muito maior que o esperado e precise de mais ajuda financeira. Nos Estados Unidos, as críticas feitas na terça-feira (25) pelo presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, ao novo programa de compra de ativos do banco central dos EUA, contribuem para o clima ruim do mercado, embora a influência maior para a queda na manhã de hoje venha da Europa, destacam os analistas em Wall Street. Plosser afirmou que dificilmente o plano do Fed conseguirá impulsionar o crescimento da economia. No mercado americano, os indicadores do dia começam a ser divulgados às 11 horas (horário de Brasília), quando o Departamento de Comércio informa as vendas de moradias novas de agosto. Às 11h30 saem dados sobre os estoques de petróleo.Entre as notícias corporativas, um dos destaques de alta no pré-mercado é o papel do Yahoo, que sobe 0,48% após a empresa anunciar que trocou seu diretor financeiro (CFO). Ken Goldman vai substituir em outubro o executivo Tim Morse. Os papéis do Google mantém fôlego e têm mais um dia de alta no pré-mercado, com ganho de 0,10%, a US$ 749,8. A empresa já é a quinta maior em valor de mercado dos EUA e vem subindo após analistas destacarem que o papel é atrativo e tem potencial de alta. Antes, o Google ocupava a décima posição no ranking das maiores companhias. As informações são da Dow Jones.

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