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Mercados internacionais fecham em queda, de olho em crescimento da economia dos EUA

Segundo o Livro Bege, do Federal Reserve, recuperação das atividades nos EUA foram afetadas pelas novas restrições impostas pela variante Delta e pela escassez de suprimentos

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Por Redação
Atualização:

Quedas foram registradas nos principais mercados internacionais nesta quarta-feira, 8, com os investidores à espera do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), documento de opiniões que embasa as decisões de política monetária dos Estados Unidos. Ele, no entanto, foi divulgado quando os mercados de Ásia e Europa já estavam fechados.

Segundo o documento publicado hoje pelo Fed, que compila percepções de empresários sobre a economia americana, o crescimento foi afetado, em parte, pela variante Delta do coronavírus, que levou a uma retração nos setores de restaurantes, viagens e turismo. Além disso, aponta o Livro Bege, a escassez de suprimentos, devido aos gargalos nas cadeias de produção, e a falta de mão de obra nos EUA têm freado a recuperação da crise.

Bolsa de Nova York foi afetada hoje pelas perspectivas negativas para a economia dos EUA. Foto: Andrew Kelly/Reuters

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Embora o Livro Bege não tenha guiado diretamente o movimento no mercado acionário americano, que já operava em queda, o documento se soma ao payroll "fraco" de agosto, na visão de analistas. Em meio ao debate sobre o "tapering", como é chamado o processo de redução das compras de ativos do Fed, o presidente da distrital de Nova York, John Williams, disse que a retirada desses estímulos pode começar este ano, mas depende do mercado de trabalho.

"Na sequência do Goldman Sachs no fim de semana, também vimos o Morgan Stanley e o Citigroup começarem a ficar negativos nas perspectivas para as ações dos EUA", afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson, ao comentar a queda dos índices acionários hoje.

Bolsa de Nova York

De olho no desempenho da economia americana, o índice acionário Dow Jones recuou 0,20% e o S&P 500 caiu 0,13%. Um dia depois de ter renovado a máxima histórica de fechamento, o Nasdaq cedeu 0,57%. 

Bolsas da Europa

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No mercado europeu, as Bolsas fecharam em queda generalizada. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em baixa de 1,06%, enquanto a Bolsa de Londres caiu 0,75%, a de Paris, 0,85% e a de Frankfurt, 1,47%. Os índices de Milão, Madri e Lisboa recuaram 0,75%, 0,63% e 1,15% cada.

Bolsas da Ásia

No mercado asiático, os índices ficaram sem sinal único. A Bolsa de Tóquio subiu 0,89%, enquanto o índice de Shenzhen subiu 0,08%. No lado negativo, Xangai teve baixa marginal de 0,04%, a Bolsa de Seul caiu 0,77%, a de Hong Kong, 0,12% e a de Taiwan, 0,91%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, em baixa de 0,24%, influenciada por ações de mineradoras.

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Petróleo

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, recuperando as perdas da sessão de ontem. Os problemas de oferta gerados pelo prejuízo na produção nos EUA, após o furacão Ida, esteve no foco de investidores. Quase 80% da produção de petróleo e gás natural na região segue paralisada, quase dez dias após o furacão Ida ter atingido a Louisiana. Segundo a Dow Jones Newswires, 17% da produção do óleo americano se concentra no Golfo.

Em um momento no qual a oferta ainda é maior que a demanda, a notícia fortaleceu os contratos do óleo. O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,39%, a US$ 69,30, enquanto o Brent para novembro subiu 1,27%, a US$ 72,60 o barril. /MAIARA SANTIAGO, IANDER PORCELLA, ILANA CARDIAL E SÉRGIO CALDAS

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