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Mercados internacionais ficam à espera de inflação ao consumidor dos EUA

Principais índices ficaram sem sinal único nesta segunda, de olho em indicador que deverá balizar a próxima decisão do Federal Reserve, o banco central americano

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Por Redação
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Os principais índices do exterior fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, 13, com os investidores à espera do resultado da inflação de agosto dos Estados Unidos. No radar, ficaram ainda as projeções otimistas para a demanda por petróleo.

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A expectativa é grande pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do mês passado nos EUA, que deve desacelerar para alta de 0,4% ante julho, segundo mostra a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. "Os participantes do mercado parecem estar se posicionando em preparação para os números da inflação dos EUA, que serão publicados amanhã", destaca o Commerzbank, em relatório a clientes.

O resultado deverá servir como base para a próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na esteira das discussões sobre uma possível redução, ainda neste ano, do programa de compra de ativos, processo chamado de 'tapering'. Alguns dirigentes do Fed pedem para que o processo comece já no próximo mês, mas o BC ainda espera por dados mais fortes da economia americana, em especial do mercado de trabalho.

Mercado de Nova York fechou sem sinal único à espera da inflação ao consumidor dos EUA. Foto: Brendan McDermid/Reuters

O dia foi favorável, porém, para o mercado de petróleo. Relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgado hoje prevê um aumento na demanda, projetando ainda que os níveis pré-covid serão ultrapassados em 2022. A Opep também ajustou para cima sua previsão de alta no consumo global em 900 mil barris por dia, a 4,2 milhões de bpd.

Em resposta, o WTI para outubro fechou em alta de 1,05%, a US$ 70,45 o barril em Nova York, e o Brent para novembro subiu 0,81%, a US$ 73,51 o barril em Londres. Na Europa, as ações da petroleira BP subiram 2,25% e as da Royal Dutch Shell, 2,23%. No mercado americano, a Occidental Petroleum disparou 6,69%, e ExxonMobil, 2,58% e Chevron, 1,98%.

Já na Ásia, o temor de um novo aumento nas restrições voltou a ficar no radar. Hoje, a ação do Alibaba despencou 4,23% em Hong Kong após relatos de que órgãos reguladores chineses planejam exigir que a gigante varejista abra mão do Alipay, popular aplicativo de pagamentos do Ant Group, empresa afiliada do gigante de comércio eletrônico.

Bolsa de Nova York

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À espera do resultado da inflação, os índices americanos fecharam sem sinal único. O Dow Jones fechou em alta de 0,76%, o S&P 500 subiu 0,23%, mas o Nasdaq recuou 0,07%. 

Bolsas da Europa

As Bolsas europeias fecharam em alta no primeiro pregão da semana, com Londres avançando 0,56%, Paris, 0,20% e Frankfurt, 0,59%. Os mercados de Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,93%, 1,39% e 1,79% cada, enquanto o índice Stoxx 600 avançou 0,29%.

Bolsas da Ásia

Diante do cenário tenso, com chance de novas restrições, a Bolsa de Hong Kong caiu 1,50%, Taiwan cedeu 0,16% e o índice chinês de Shenzhen, 0,05% - na contramão, o índice chinês de Xangai subiu 0,33%. A Bolsa de Tóquio teve ganho de 0,22% e a de Seul, 0,07%.

Na Oceania, a bolsa australiana teve alta modesta hoje, de 0,25%, sustentada pelos setores minerador e petrolífero. /MAIARA SANTIAGO, MATHEUS ANDRADE, SÉRGIO CALDAS E GABRIEL CALDEIRA

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