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Metais básicos e ouro fecham em baixa

Temor é de que crise europeia se amplie e freie crescimento global

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os preços dos contratos futuros do cobre e dos demais metais básicos fecharam em queda, novamente pressionados por receios com a possibilidade de um default na dívida soberana de países europeus com elevado déficit orçamentário, como a Grécia, e por dúvidas sobre como a União Europeia pagará por um plano de quase US$ 1 trilhão para combater crises sistêmicas.

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"A correção nos preços das commodities nas últimas duas semanas é um lembrete do efeito que a confiança e as oscilações no câmbio exercem sobre esses produtos", afirmaram analistas do Standard Chartered.

Alguns operadores afirmam que a incerteza com relação à Europa e à estabilidade do euro está gerando temores de uma redução no ritmo de crescimento da economia mundial, o que consequentemente reduziria a demanda por metais tanto no setor industrial quanto no mercado financeiro.

"Evidências de um desempenho econômico decente e sustentável nos EUA, na China e na Europa serão necessárias para impulsionar os metais básicos se essa crise da dívida soberana não evoluir para uma crise financeira completa", avaliaram analistas do BMO Capital Markets.

O Standard Chartered afirmou que a correção no valor dos metais básicos serve para aproximar as commodities da realidade, visto que o mercado financeiro embutiu nos preços uma recuperação econômica muito acentuada.

Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde da London Metal Exchange (LME), o contrato do cobre para três meses caiu US$ 195,00, ou 2,91%, para US$ 6.500,00 por tonelada. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o preço do contrato do cobre para julho recuou US$ 0,0715, ou 2,36%, para US$ 2,9595 por libra-peso, com mínima de US$ 2,9265 e máxima de US$ 3,0135 ao longo da sessão. Entre outros metais básicos negociados na LME, o contrato do chumbo para três meses fechou em queda de US$ 78,00, a US$ 1.756,00 por tonelada, enquanto o contrato do zinco caiu US$ 83,00, para US$ 1.856,00 por tonelada. O contrato do alumínio recuou US$ 50,50, para US$ 2.001,00 por tonelada, enquanto o contrato do níquel perdeu US$ 850,00, para US$ 21.295,00 por tonelada. O contrato do estanho fechou em queda de US$ 45,00, a US$ 17.450,00 por tonelada.

Ouro em queda

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O contrato do ouro para junho negociado na Comex caiu US$ 21,50, ou 1,77%, para US$ 1.193,10 por onça-troy, com mínima de US$ 1.186,60 e máxima de US$ 1.228,20 ao longo da sessão. Segundo Dan Cook, analista de mercado da corretora IG Markets, o metal está em uma "pequena fase de correção no momento", pressionado pela realização de lucros após os preços ficarem próximos de US$ 1.250,00. As informações são da Dow Jones.

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