PUBLICIDADE

Metais básicos fecham em queda com cautela antes do Fed

Na rodada livre de negócios  da tarde, o cobre com entrega para três meses negociado na LME fechou em queda de 0,52%, a US$ 7.675,00 por tonelada

Por Danielle Chaves , Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) fecharam em queda, enquanto investidores cautelosos esperavam o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve. Analistas afirmaram não esperar mudanças imediatas, mas ficarão atentos a sinais sobre possíveis novas medidas de afrouxamento quantitativo no fim deste ano. Segundo participantes do mercado de metais, houve volumes baixos de negociação antes do Fed e a liquidez deverá ser ainda menor amanhã, com os mercados da China fechados para um feriado nacional que vai durar três dias. Por isso, os metais podem abrir a sessão de quarta-feira com volatilidade, enquanto os analistas estiverem digerindo os comentários do presidente do Fed, Ben Bernanke. "Os mercados vão analisar o tom e a linguagem usados por Bernanke, bem como qualquer sinal sobre um cronograma para a extensão de algum programa de compra de ativos ou outras medidas de estímulo", afirmou Michael Hewson, analista do CMC Markets. O comunicado do Fed deve ser divulgado hoje às 15h15 (de Brasília). Os metais reduziram as perdas da manhã depois que o Departamento do Comércio dos EUA anunciou um aumento de 10,5% nas obras residenciais iniciadas em agosto, contrariando a queda de 0,2% esperada pelos economistas. O cobre em especial é fortemente ligado ao setor imobiliário, já que é usado na construção. Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde, o cobre com entrega para três meses negociado na LME fechou em queda de US$ 40,00 (0,52%), a US$ 7.675,00 por tonelada. O chumbo perdeu US$ 20,50, a US$ 2.174,50 por tonelada. O zinco teve retração de US$ 36,00, a US$ 2.142,00 por tonelada. O alumínio recuou US$ 20,00, para US$ 2.174,50 por tonelada. O níquel perdeu US$ 700,00, a US$ 22.350,00 por tonelada. E o estanho caiu US$ 500,00, a US$ 22.950,00 por tonelada. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de cobre com entrega para dezembro, que é o mais negociado, fechou em queda de US$ 0,0235 (0,67%), a US$ 3,4810 por libra-peso. Participantes do mercado estavam relutantes em apostar no cobre antes da reunião do Fed, dizem analistas. Novas medidas de estímulo devem enfraquecer o dólar, o que aumentaria o preço do metal, já que o torna mais barato para compradores que usam outras moedas. Além disso, o cobre deve continuar encontrando suporte na redução dos estoques e no aumento do déficit na produção, de acordo com operadores. O mercado mundial de cobre refinado tinha déficit de 84 mil toneladas em junho, segundo o Grupo Internacional de Estudo sobre Cobre. No primeiro semestre deste ano, o mercado teve déficit de 281 mil toneladas, em comparação com o déficit de cerca de 15 mil toneladas no mesmo período do ano passado. A demanda mundial por cobre refinado cresceu 12% em junho, ante junho de 2009, graças à recuperação no Japão, União Europeia e EUA, segundo a pesquisa. De acordo com dados do Instituto Internacional de Alumínio, a produção mundial total do metal subiu 0,2% em agosto, em comparação com julho, para 2,061 milhões de toneladas. A produção diária média no mês foi de 66,5 mil toneladas, mais do que as 66,3 mil toneladas diárias produzidas em julho. As informações são da Dow Jones.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.