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Metais caem com alta do dólar e à espera de indicadores americanos

Mercado aguarda dados sobre a confiança do consumidor dos EUA e a continuação da divulgação de balanços corporativos para encontrar uma direção mais firme

Por Danielle Chaves e da Agência Estado
Atualização:

Os metais básicos caem, pressionados pela leve alta do dólar e pelo desempenho fraco nas bolsas. Os participantes do mercado estão esperando os números sobre a confiança do consumidor dos EUA, que serão anunciados ao meio-dia (de Brasília), e a continuação da divulgação de balanços corporativos para encontrar uma direção mais firme.

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O Standard Bank afirmou que os dados sobre confiança nos EUA poderão fortalecer o dólar se superarem as expectativas, o que poderá pesar ainda mais sobre os preços dos metais. "Como a sustentabilidade da recuperação global ainda é em boa parte dependente dos consumidores dos EUA, o dado de hoje poderá ter um impacto significativo nos mercados", disse o banco em relatório.

O Goldman Sachs, enquanto isso, observou que fundos ETFs ( exchange-trade fund) de metais básicos fisicamente lastreados podem exacerbar a volatilidade e apertar mais os mercados no curto prazo. O banco estima que um ETF de cobre que englobe 50 mil toneladas do metal será grande o suficiente para desorganizar o mercado no curto prazo. Esta semana o JPMorgan Chase & Co. anunciou que está lançando um ETF de cobre físico.

As oscilações nos estoques estão modestas hoje, com exceção dos de chumbo, que aumentaram 1.150 toneladas, para 198.875 toneladas, perto do maior nível em 10 anos. O Grupo Internacional de Estudo de Chumbo e Zinco informou que o mercado de zinco teve superávit de 166 mil toneladas entre janeiro e agosto, enquanto o mercado de chumbo teve superávit de 49 mil toneladas. O Instituto Internacional de Alumínio disse que os estoques do metal diminuíram 2,8% em setembro ante agosto, para 2,376 milhões de toneladas.

Às 9h15 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) operava a US$ 8.485 por tonelada, uma queda de US$ 32 em relação ao fechamento de ontem. O alumínio caía US$ 4,50, para US$ 3.367,50 por tonelada; o zinco subia US$ 22, para US$ 2.587 por tonelada; o chumbo recuava US$ 10, para US$ 2.574 por tonelada; o níquel declinava US$ 173, para US$ 23.377 por tonelada; e o estanho cedia US$ 125, para US$ 26.750 por tonelada.

Em Nova York, o contrato de cobre para dezembro negociado na Comex caía 0,16%, para US$ 3,8570 por libra-peso, às 9h55 (de Brasília). As informações são da Dow Jones.

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