PUBLICIDADE

Microsoft gasta R$ 1 bi para lançar o Windows Vista

Por Agencia Estado
Atualização:

O Windows Vista, novo sistema operacional da Microsoft, chegou ontem ao mercado, com um investimento em marketing de US$ 500 milhões, segundo a Advertising Age. Em Nova York, acrobatas em cabos penduraram várias versões do símbolo da Microsoft na parede de um edifício de sete andares. Em Agra, na Índia, um grupo de dançarinos se apresentou em frente ao Taj Mahal. Em Paris, um show de fogos em frente ao Grande Arche de la Défense marcou a chegada do produto. No Brasil, o lançamento foi menos glamouroso. No Extra Itaim, em São Paulo, Steven Sinofsky, vice-presidente mundial do Windows Vista da Microsoft - vestido com a camiseta número 10 da seleção brasileira, seu nome impresso nas costas -, cortou uma fita à meia noite de segunda-feira, inaugurando as vendas do produto no País. Meio bilhão de dólares, gastos pela Microsoft no lançamento de um único produto, é mais do que a verba anual de comunicação da AmBev, estimada em R$ 340 milhões . Mas tudo é uma questão de escala. Como existem mais de 1 bilhão de computadores no mundo, são menos de US$ 0,50 por máquina. Não chega a ser muito para uma empresa com US$ 6,7 bilhões em caixa, que lucrou US$ 12,6 bilhões e faturou US$ 44,3 bilhões em 2006. O lançamento do Windows XP, versão anterior do sistema operacional, recebeu US$ 500 milhões da Microsoft e da Intel (que na época lançava o Pentium 4), mais US$ 500 milhões dos varejistas. O Windows 95 teve investimento US$ 300 milhões, o que incluiu US$ 12 milhões pelo direito de uso da música ?Start Me Up?, dos Rolling Stones. Ontem, a reação dos consumidores foi menos empolgada do que nos lançamentos anteriores. Em São Paulo, ao lado de Michel Levy, presidente da Microsoft no Brasil, Sinofsky recepcionou pelo menos 200 consumidores, que, em fila e com uma senha na mão, aguardavam para comprar as primeiras unidades do Windows Vista. Todas queriam aproveitar o lançamento promocional da nova versão do sistema operacional da Microsoft. Os 200 primeiros clientes que chegaram à loja do Extra no Itaim para comprar o software ganharam um teclado. E os vinte primeiros foram recompensados com um Office 2007, no valor de R$ 1,5 mil cada. A microempresária Samira Kezh, acompanhada do filho André, já estava a postos no Extra oito horas antes de Sinofsky cortar a fita. ?Cheguei no supermercado na frente dos técnicos da Microsoft. Queria ser uma das 10 primeiras a levar o Office de graça?, dizia. Ela e o filho, que cuida da área de tecnologia da empresa, aguardavam há meses a chegada do Windows Vista. ?Teremos condições de trabalhar melhor, principalmente com fotos?, dizia Samira. Eles compraram dois Windows Vista Ultimate (o programa mais caro). Gastaram R$ 1.978 e parcelaram a compra em 12 vezes sem juros. ?É muito caro e chegou atrasado?, reclamava André. Para compensar, dizia, valeu a economia feita com os brindes. ?Somando os dois teclados e os offices, economizamos R$ 3,4 mil.? Passava pouco da meia noite e meia quando o vice-presidente da Microsoft, depois de distribuir sorrisos, conversar com executivos do Extra e dar alguns autógrafos, se retirou da loja. Mas Samira e os outros premiados, sentados em cadeiras enfileiradas e com o Vista e os brindes debaixo do braço, aguardavam para terem o rosto caricaturado em camisetas. O símbolo do Windows estava até no cartaz que o engenheiro Paulo Eduardo de Souza exibia para os fotógrafos, com a informação de que ele era o número 2 da fila e vinha de Uberaba, Minas Gerais. ?Sou um entusiasta de informática, testo o programa da Microsoft desde o ano passado, gostei dos novos recursos e não quis perder a oportunidade de participar de uma premiação?, disse Souza. Ele pegou a senha para ganhar os brindes da Microsoft às 21h. Isso depois de viajar cinco horas de ônibus com a irmã. Levou um computador com o Vista Premium para a irmã e um software Ultimate para seu computador de uso pessoal. Gastou R$ 3,5 mil e dividiu a compra em 12 vezes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.