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Mineradora arcará com prejuízos ambientais; terá de indenizar famílias

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, disse hoje que, além da possibilidade de a Mineradora Rio Pomba Cataguases Ltda ser responsabilizada cível e criminalmente pelos prejuízos causados no rompimento da sua barragem de rejeitos de bauxita na última quarta-feira, a empresa também terá de ressarcir os prejuízos ambientais e materiais, além de indenizar a população atingida. "Para nós não resta nenhuma dúvida de que a responsabilidade objetiva de tudo que aconteceu é da empresa e por isso decidimos interditar permanentemente as atividades da mineradora naquele local", destacou. De acordo com ele, os procuradores de Justiça do Ministério Público Estadual estão hoje em Miraí, na zona da Mata mineira. "Estamos trabalhando em estreita cooperação com as autoridades do Ministério Público Estadual, para que além de todas as ações já tomadas, também sejam adotadas medidas cabíveis nas esferas cível e criminal." O governo mineiro determinou ontem a aplicação de uma multa de R$ 75 milhões à Rio Pomba, além da interdição definitiva das atividades da mineradora. Na prática, a companhia está impedida de funcionar no local, ainda que detenha os direitos minerários de exploração de bauxita. "Não vamos admitir que a barragem seja refeita", declarou. Equipes de diversos órgãos do governo do Estado permanecem no local para avaliar a extensão e intensidade da lama despejada no Rio Muriaé. "Esperamos definir as medidas, custos e prazos para iniciar a reparação dos danos tanto nos municípios mineiros quanto do Rio de Janeiro", afirmou. Carvalho confirmou que o último laudo técnico da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) apontou que a barragem de rejeitos da mineradora tinha segurança necessária para continuar operando. "As prioridades revelaram-se insatisfatórias ou insuficientes, por isso vamos pedir uma avaliação independente do Ministério Público Estadual para verificar causas e determinar responsabilidades colaterais que possam ter existido", disse. José Carlos Carvalho informou ainda que os técnicos dos órgãos ambientais do Estado continuam monitorando permanentemente a qualidade da água. Ele reiterou que não existe material tóxico na lama e o nível de turbidez começou a se reduzir.

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