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MRV: vendas contratadas no 2º tri registram alta de 10%

Incorporadora cresce mesmo em período de Copa do Mundo e vendas atingem R$ 1,519 bilhão

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
Diretor ressaltou a baixa concorrência encontrada pela MRV no segmento de imóveis voltados para a população de baixa renda como motivo para o crescimento Foto: Divulgação

As vendas e lançamentos da incorporadora MRV Engenharia cresceram entre abril e junho, apesar do cenário mais desafiador para os negócios imobiliários nesse período com a Copa do Mundo. Segundo relatório operacional preliminar divulgado na tarde desta quinta-feira, 17, as vendas atingiram R$ 1,519 bilhão no segundo trimestre, alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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De acordo com o relatório, 82% das vendas do trimestre foram elegíveis ao programa Minha Casa, Minha Vida. No acumulado do semestre, o aumento nas vendas foi de 23%, atingindo R$ 3,05 bilhões. O montante de imóveis comercializados foi o maior já registrado em um único semestre pela companhia. A velocidade de vendas (VSO) ficou em 26% no segundo trimestre, patamar um pouco abaixo dos 27% do mesmo intervalo de 2013.

Os empreendimentos lançados pela MRV totalizaram R$ 1,047 bilhão em valor geral de vendas (VGV) de abril a junho, um salto de 65% ante os mesmos meses do ano passado. Ao todo, 68% dos lançamentos se enquadraram no Minha Casa, Minha Vida. No acumulado do semestre, a incorporadora lançou R$ 2,205 bilhões em VGV de novos projetos, aumento de 59%.

O diretor executivo de Finanças, Leonardo Corrêa, atribuiu o avanço operacional às condições favoráveis para os compradores de imóveis, com baixo nível de desemprego e estabilidade na oferta de crédito imobiliário e nos custos do financiamento. "O mercado está mostrando resiliência", avaliou.

O executivo também ressaltou a baixa concorrência encontrada pela MRV no segmento de imóveis voltados para a população de baixa renda, uma vez que muitas incorporadoras optaram por sair desse nicho do ano passado pra cá. Em relação à Copa do Mundo, Corrêa disse que o evento exerceu efeito negativo sobre as vendas por conta dos feriados e do desvio da atenção dos consumidores. No entanto, o efeito foi compensado pelos fatores citados acima. "Sem a Copa, as vendas teriam sido ainda maiores", afirmou. Para os próximos meses, o diretor disse esperar que o mercado mantenha trajetória de crescimento, apesar do período eleitoral. "As eleições não terão um efeito tão grande sobre o mercado quanto a Copa, porque não vamos ver feriados ou pessoas ficando em casa", estima. Diante do forte resultado apresentado até aqui, a MRV acredita que as vendas no acumulado de 2014 tendem a ser maiores do que em 2013, alimentando novos lançamentos.

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