21 de maio de 2018 | 12h47
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, repetiu nesta segunda-feira que a desvalorização do real em relação ao dólar é um movimento global e lembrou que o Banco Central aumentou a intervenção no mercado para conter a volatilidade da moeda. “O real tem tido o mesmo movimento de outras moedas de países emergentes. O Banco Central aumentou a quantidade de swaps oferecidos ao mercado pra evitar excesso de volatilidade”, afirmou, em conferência com a imprensa estrangeira.
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Na visão do ministro, a alta do dólar se deve à normalização da política monetária dos Estados Unidos. “É algo que não podemos evitar, não temos como evitar essa tendência. Tudo que podemos fazer é tentar evitar excessos de volatilidade”, respondeu.
Guardia citou que o Brasil tem um colchão de liquidez confortável e não possui grande endividamento em dólar. Ele elencou o nível das reservas internacionais e o pequeno déficit nas contas externas, que é totalmente financiado por investimentos estrangeiros. O ministro pontuou ainda que os juros básicos da economia estão no menor patamar histórico.
“O Brasil tem situação diferente de outros emergentes, porque reservas internacionais fortes”, completou.
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O ministro voltou a dizer ainda que o governo vai continuar a agenda de reformas e citou as medidas estruturais já aprovadas, como o teto de gastos, a reforma trabalhista e nova lei das estatais. “Temos muito a fazer, sobretudo a Reforma da Previdência, que pretendemos aprovar no começo do próximo ano. Estamos trabalhando também pela privatização da Eletrobras”, acrescentou.
Segundo o ministro, a agenda de reformas é importante para que o país mantenha o que conquistou e tenha crescimento sustentável para os próximos anos. Ele citou medidas apresentadas para aumento da produtividade e confirmou que amanhã o governo deve divulgar uma nova previsão para o crescimento do PIB, no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Ele não adiantou a novo parâmetro.
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