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Números do varejo devem levar NY a abrir com ganhos

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e CORRESPONDENTE
Atualização:

As bolsas norte-americanas devem abrir o pregão desta terça-feira, 13, em alta, sinalizam os índices futuros. As vendas no varejo em julho vieram abaixo do previsto, mas quando se exclui o comércio de veículos, o número veio melhor que as previsões. Após os dados do comércio, os investidores aguardam uma apresentação do presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart na tarde desta terça-feira, 13. Às 10h15 (horário de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,16%, o Nasdaq ganhava 0,09% e o S&P 500 tinha valorização de 0,20%.As vendas no varejo cresceram 0,2% em julho ante o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira hã pelo Departamento de Comércio. A expectativa dos economistas era de expansão de 0,3%. Após o anúncio, as bolsas reduziram o ritmo de alta, que era conduzido pela notícia que Japão pode cortar impostos para empresas e pelo aumento acima do esperado da confiança na Alemanha.O economista-chefe do banco RBC, Tom Porcelli, avalia que as vendas mais fracas de veículos em julho na comparação com junho foram um indício de que os números de hoje mostrariam expansão mais modesta no varejo. Além disso, os dados do Departamento de Trabalho mostraram queda na renda do trabalhador em julho, o que pode também ter contribuído para o menor nível de consumo. Quando se excluem as vendas de veículos, que caíram 1% em julho, os dados do varejo, o chamado núcleo, mostram expansão de 0,5% no mês passado, acima do 0,4% esperado pelos especialistas. "Os números, excluindo veículos, revelam que o consumo está ganhando força. Depois de anos pagando dívidas, os norte-americanos estão voltando ao mercado para comprar", avalia o economista do Conference Board, Ken Goldstein, em um e-mail comentando os números desta terça-feira. Além disso, o economista nota que a expansão nas vendas de junho foram revisadas para cima, de 0,4% inicialmente divulgado para 0,6%.Após os dados do comércio, o indicador mais esperado da semana, as atenções se voltam agora para a apresentação do presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, que não tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), e está prevista para começar às 13h45 de Brasília. O dirigente vai falar sobre perspectivas para a economia. Na semana passada, ele foi um dos primeiros presidentes regionais a citar explicitamente o mês de setembro como possível data para o Fed reduzir os estímulos monetários, o que mexeu com os mercados financeiros. Em Wall Street, a maioria dos economistas aposta que o ritmo de compras será reduzido no mês que vem. Uma pesquisa da Blue Chip Economic Indicators revelou que 66% dos especialistas preveem mudanças em setembro. Novas pistas sobre os rumos da política monetária podem ser reveladas amanhã e na quinta, quando o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, este com direito a voto no Fomc, fará apresentações.Outro dado divulgado nesta terça-feira foi o índice de confiança das pequenas empresas norte-americanas. O indicador subiu para 94,1 em julho, de 93,5 em junho. O dado ficou próximo à máxima em 12 meses atingida em maio, de 94,4. Depois da abertura do mercado, às 11h (horário de Brasília), saem os números dos estoques das empresas de junho. O mercado não espera muita mudança, prevendo aumento de 0,1%, de acordo com consenso calculado pelo jornal Barron''s, o mesmo nível verificado em maio. No mundo corporativo, a BlackBerry segue entre os destaques, após a empresa confirmar, na segunda-feira, 12, que está analisando "alternativas estratégicas". Entre as opções, estão uma joint venture, alianças, parcerias e até a venda da empresa, que tem tido dificuldade de competir no mundo dos celulares inteligentes, sobretudo com empresas como Samsung e Apple. As vendas do novo modelo de BlackBerry decepcionaram e o jornal The New York Times destaca em matéria de capa de seu caderno de economia e negócios que a empresa canadense, que já foi líder em seu mercado, se esforça para não cair no esquecimento. No pré-mercado, o papel subia 0,46%.

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