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Petrobras chega à Bolsa de Buenos Aires

Por Agencia Estado
Atualização:

A brasileira Petrobras se apresenta nesta sexta-feira aos investidores argentinos como a mais nova e melhor opção da Bolsa de Buenos Aires. Com uma capitalização em torno de US$ 95 bilhões, quase cinco vezes maior que a líder portenha Tenaris, a companhia petrolífera brasileira desembarca na Argentina com "a expectativa de ser cotizada entre as primeiras" (Tenaris, Grupo Galícia e Petrobras Energia), afirma o gerente de Relações com os Investidores da empresa, Carlos Henrique. "A nossa intenção aqui é ser a empresa mais negociada do mercado portenho", admite o gerente. Ele nega os boatos do mercado de que o objetivo real da companhia no país seja o de fechar o capital da Petrobras Energia, ex-Pecom, e cotizar somente os papéis da Petrobras. "Não vai haver troca alguma", afirma, em tom enfático. No entanto, Carlos Henrique deixa aberta uma possibilidade de que isso ocorra no futuro ao dizer que "a Petrobras não está pensando nisso agora". Segundo o executivo, as ações da companhia só deverão começar a ser negociadas no final desse mês. "Estamos numa fase de pré-listagem porque ainda temos que realizar alguns trâmites legais para cumprir com alguns detalhes técnicos solicitados pela Bolsa e pela Comissão de Valores", explica. De qualquer forma, as expectativas da city portenha são de que a cotização das ações da Petrobras tenha início no dia 20 próximo, concretizando um projeto de 2003, quando a empresa comprou a Pecom Energia. O presidente da Bolsa de Buenos Aires, Adelmo Gabbi, não esconde sua euforia. "A entrada da Petrobras é sumamente importante para o mercado de capitais e estou convencido de que se transformará em uma empresa líder rapidamente". O entusiasmo também é refletido pelo Banco Rio, assessor financeiro da estatal brasileira, e pelo Santander Bolsa, que atuará como formador de mercado. "O interesse da praça local no equity brasileiro é enorme e acreditamos que haverá muita procura para operar esse papel por causa de sua grande liquidez", afirma um assessor do Rio.

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