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Petrobras disputa licitação e pode voltar a investir na Bolívia

Por Agencia Estado
Atualização:

A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) abre hoje os envelopes com as propostas apresentados por empresas internacionais para a licitação que prevê a ampliação da produção de gás no país e a viabilização de sua exportação para a Argentina. A Petrobras está no páreo e pode voltar a investir no país, antes mesmo que termine o prazo de 120 dias acertado em novembro com a YPFB para avaliar novas oportunidades na Bolívia. De acordo com informações da YPFB, as propostas têm como objetivo atender ao crescimento da demanda argentina. A previsão é de que a produção para exportação para o país vizinho passe da capacidade atual de 7,7 milhões de metros cúbicos por dia para 16 milhões de metros cúbicos a partir de 2008, atingindo 27,7 milhões de metros cúbicos entre 2010 e 2026. O contrato entre a YPFB e a Enasa, estatal argentina, foi assinado em outubro do ano passado, com prazo de 20 anos. A YPFB estima uma receita de US$ 50 bilhões no período. Além da Petrobras, todas as dez petroleiras estrangeiras que atuam no país demonstraram interesse em entregar proposta, mas o governo boliviano não informou o número exato de concorrentes. A disputa desperta interesse principalmente porque em maio do ano passado, após o anúncio da nacionalização das reservas de petróleo e gás boliviano, todas as empresas suspenderam qualquer possibilidade de novos investimentos no país, e garantiram, a época, que apenas manteriam os gastos com a manutenção da atual produção para cumprimento dos contratos. Na mesma época, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) previa a realização de uma licitação no Brasil para ampliar a capacidade de transporte do Gasbol em torno de 20 milhões de metros cúbicos diários. A licitação foi suspensa, mas já existem fontes no mercado que acreditam na possibilidade de a reguladora retomar a licitação tão logo a Petrobras conclua as negociações com o governo boliviano para o preço do gás natural. A idéia, disse uma fonte do setor, é que, se o preço não se tornar impraticável, estimulando o uso de outros combustíveis, a licitação poderia ser retomada ainda neste semestre.

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