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Petrobrás e Vale puxam queda do Ibovespa

Dúvidas com solvência da Grécia, além de ecos da fraude do Goldman Sachs e do fechamento dos aeroportos, preocupam

Por Beth Moreira e da Agência Estado
Atualização:

O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira seguindo a direção dada pelos mercados internacionais. O clima de aversão ao risco deve-se a uma somatória de preocupações, incluindo novas dúvidas em relação à Grécia, à expectativa com os desdobramentos da acusação de fraude no Goldman Sachs e ainda os reflexos do fechamento dos aeroportos na Europa. Petrobras, Vale e empresas do setor de telefonia puxam as baixas.

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Às 16h15, o principal índice da Bolsa paulista registrava desvalorização de 0,47%, aos 69.006 pontos, após ter alcançado a mínima de 68.080 pontos. No mesmo momento, Dow Jones cedia 0,22% e S&P recuava 0,10%.

 Os problemas de dívida da Grécia novamente chamam a atenção depois de a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, afirmar que o déficit do país foi maior do que o estimado anteriormente pelo governo grego. "Essas preocupações com a Grécia pressionam o dólar e por consequência as commodities, atingindo em cheio a Bolsa paulista", lembra um operador.

 Outro profissional acrescenta que Petrobras e Vale são ações de grande liquidez e por isso acabam mais penalizadas em dia de quedas generalizadas. "No atual nível da Bolsa está mais confortável ficar fora do mercado", avalia.

 Hoje o petróleo opera em queda de mais de 1% na Nymex eletrônica para a cada dos US$ 82,00 o barril. Petrobras PN recuava 1,37% e ON cedia 1,04%, após a alta de mais de 2% do último pregão, quando os papéis foram influenciados por informações de que o projeto de lei de capitalização da companhia está pronto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas guardado na gaveta, para ser votado no plenário do Senado até 20 de maio.

 Vale PNA recuava 0,55% e ON caía 1,06% em dia de nova queda do preço dos metais. 

 Banco do Brasil

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Banco do Brasil opera em queda de 1,24% após anunciar sua primeira aquisição no exterior. Depois de quatro meses de negociações, a instituição controlada pelo governo federal vai pagar US$ 480 milhões para assumir o controle do Banco Patagonia, o sexto maior da Argentina, que tem 752 mil clientes e 154 agências distribuídas em todas as províncias do país.

 

Segundo executivos do BB, é o primeiro passo na estratégia do banco de ampliar a presença internacional. "Nos últimos anos, ocorreu uma brutal internacionalização das empresas brasileiras. Precisamos acompanhar nossos clientes", afirmou o vice-presidente de Negócios Internacionais do BB, Allan Simões.

 

Júlio Simões

As ações da Júlio Simões Logística, que estrearam hoje na Bolsa paulista, operam em leve alta de 0,37%. As negociações com o papel, no entanto, abriram em queda e ficaram suspensas entre 10h23 e 10h27 após ceder mais de 3%. A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da empresa atingiu R$ 494,5 milhões.

 

O início das negociações com as ações da companhia estava marcado para a última segunda-feira, mas acabou sendo adiado porque a empresa precisou mudar as condições da oferta.

 

A empresa obteve o preço de R$ 8,00 por ação, abaixo do piso da faixa indicativa, que já havia sido reduzido para R$ 8,50 a R$ 9,50. As condições originais previam que a ação da empresa seria vendida entre R$ 10,75 a R$ 13,75. Ou seja, em relação ao valor máximo que a companhia poderia obter, de R$ 1,036 bilhão, houve uma redução de 52% na oferta. 

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