A alta verificada nesta quinta-feira, 10, das ações da Petrobrás, combinada com a queda na cotação da Ambev, levou a estatal a se tornar a empresa com maior valor de mercado entre as empresas listadas na B3, ultrapassando a fabricante de bebidas.
Os papéis da Petrobras encerraram com avanços de 3,91% (PN) e 5,95% (ON). Com o desempenho de hoje, a petroleira fechou com dia com valor de mercado de R$ 358,9 bilhões. Ambev ON caiu 0,50%, e assim, o valor da fabricante de bebidas está em R$ 342,4 bilhões. Na quarta-feira, 08, as duas empresas fecharam com valores de mercado de R$ 341,4 bilhões e R$ 344,2 bilhões, respectivamente.
Segundo analistas, a Petrobras é beneficiada por uma combinação de bons resultados do primeiro trimestre, alta do petróleo e valor da ação descontada em relação a seus pares no exterior. Já a Ambev teve números considerados fracos, e inclusive perdeu participação de mercado no segmento de cervejas no Brasil.
Nesta quinta, o Bank of America Merril Lynch elevou a recomendação da Petrobras de neutro para compra, citando a possibilidade de resultados acima do esperado nos próximos anos em função de um ambiente para os preços do petróleo significativamente mais favorável.
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"Esperamos agora que a relação dívida líquida/patrimônio líquido diminua para abaixo de 40% dentro de dois anos, mesmo sem considerar recursos adicionais de vendas de ativos", diz o documento. Levando em conta a venda de ativos, segundo os analistas, o perfil geral de risco da empresa deve melhorar ainda mais rapidamente.
Outro relatório que cita a estatal é do UBS. O banco lista as empresas que atuam na América Latina mais beneficiadas pela alta do petróleo, e a Petrobras está entre elas. Segundo o analista Luiz Carvalho, a empresa brasileira é uma das que apresentam maior correlação com as cotações da commodity, principalmente após a revisão da política de preços.
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O UBS cita ainda que as ações da Petrobras estão descontadas entre 25% a 45% em relação a seus pares, índice considerado muito alto pelo analista. Mesmo reconhecendo as incertezas provocadas pelas eleições de outubro, o banco espera que a companhia apresente boas gerações de caixa neste ano e em 2019.