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Petróleo alcança maior valor desde 2018, em dia de Nova York fechada

Contrato do Brent ultrapassou a marca de US$ 77 após Opep+ adiar, indefinidamente, decisão sobre retomada gradual da produção de petróleo; Bolsas da Europa fecharam em alta

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Por Redação
Atualização:

Os principais índices do exterior fecharam em alta nesta segunda-feira, 4 de julho, dia em que se comemora o feriado da Independência dos Estados Unidos - hoje, o mercado de Nova York não operou. O grande destaque, no entanto, ficou para o petróleo, que atingiu seu maior valor desde 2018.

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A commodity foi apoiada pela notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não conseguiu novamente hoje chegar a um acordo sobre a retomada gradual de sua produção. No fim, o grupo nem sequer anunciou data para uma próxima reunião sobre o tema. Em resposta, o contrato mais líquido do Brent superou a marca de US$ 77 pela primeira vez desde outubro de 2018, fechando em alta de 1,30%, a US$ 77,16 o barril em Londres. Já em Nova York, o WTI teve alta de 1,60%, a US$ 76,36 o barril.

A decisão também ajudou as ações do setor de energia. Entre outros destaques do setor, a British Petroleum subiu 0,89%, enquanto a Royal Dutch Shell acumulou ganhos de 1,17%. A falta de definição sobre a oferta do petróleo no mercado favorece o setor, pois vem em momento no qual a demanda ainda é afetada pela pandemia.

Falta de acordo na Opep+ sobre produção de petróleo vem em momento no qual a demanda ainda é afetada pela pandemia. Foto: Reuters/Dronabase

A consultoria Wood Mackenzie comenta em nota que o ponto em aberto envolve os níveis de produção dos Emirados Árabes Unidos, em quadro de normalização gradual das economias pelo mundo. Para a consultoria, a questão deve ser resolvida antes do fim do acordo atualmente em vigor, previsto para abril de 2022. Segundo ela, porém, as discussões podem se mostrar "difíceis e prolongadas".

Já a Rystad Energy, diz que a falta de um acordo pode ser uma oportunidade para realização de lucros nesse mercado, após ganhos recentes. O cenário sem acordo tende a apoiar os preços, mas a oportunidade para embolsar ganhos poderá ser aproveitada, acredita ela.

Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 57,1 em maio para 59,5 em junho, atingindo o maior patamar desde junho de 2006 e acima das expectativas. Já o PMI chinês diminuiu para 50,3 em junho, tocando no menor nível em 14 meses e ficando bem próximo da marca de 50, que indica estagnação.

Bolsas da Europa

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Além do dado positivo, o aceno de Boris Johnson sobre o fim das medidas mais duras de isolamento no Reino Unido, já no próximo dia 19, também deu força para os mercados europeus. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,34%, enquanto a Bolsa de Londres teve ganho de 0,58%, Paris avançou 0,22% e Frankfurt subiu 1,47%. Índices de Milão, Madri e Lisboa registraram altas de 0,63%, 0,44% e 0,32% cada.

Bolsas da Ásia

O clima também foi misto na Ásia, diante do dado fraco da economia da China. Os índices chineses de Xangai e Shenzhen subiram 0,44% e 0,74% cada, enquanto a Bolsa de Seul teve alta de 0,35%. Na contramão, Hong Kong teve queda de 0,59%, Taiwan cedeu 1,18% e Tóquio caiu 0,64%

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em alta marginal, de 0,09%, sustentada por ações de petroleiras. /MAIARA SANTIAGO BARBOZA, GABRIEL BUENO DA COSTA, GABRIEL CALDEIRA E SÉRGIO CALDAS

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