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Petróleo bate recorde e derruba Bolsas européias

Por Agencia Estado
Atualização:

As principais bolsas européias operam em forte queda nesta manhã, com os investidores nervosos diante do aumento da tensão no Oriente Médio e ataques de rebeldes contra oleodutos na Nigéria, que fizeram com que os preços futuros do petróleo quebrassem novos recordes de alta. Em Londres, o índice FT-100 caía 1,10% às 7h45 (de Brasília); o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, recuava 1,35%, enquanto o DAX, de Frankfurt, cedia 1,40%. O índice Nikkei, de Tóquio, fechou com baixa de 1%. O preço para agosto do barril de petróleo WTI negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex eletrônica) chegou a subir mais de 1%, atingindo a marca de US$ 75,89, tendo recuado logo em seguida, mas se mantendo acima dos US$ 75,50. Às 7h45, o contrato para agosto valia US$ 75,77, com alta de 1,09%. Em Londres, o barril de petróleo Brent saltou 1,5%, atingindo o preço de US$ 75,51. Os preços da commodity já vinham sofrendo renovada pressão desde ontem após o Departamento de Energia nos EUA ter informado que os estoques de petróleo haviam caído mais do que o previsto na semana passada. Analistas observam que essa nova pressão sobre os preços do petróleo está sendo provocada principalmente pela escalada da tensão no Oriente Médio, onde Israel realizou hoje ataques aéreos contra o aeroporto do Líbano. Além disso, é crescente o temor de interrupção na produção petrolífera da Nigéria. Dois oleodutos da Nigerian Agip Oil foram atacados por militantes rebeldes, o que causou a interrupção parcial na produção. Segundo a imprensa local, até 120 mil barris diários estariam sendo deixados de ser produzidos pela empresa. O jornal Financial Times observa que o aumento da tensão no Oriente Médio acontece justamente num momento de incerteza em torno do programa nuclear iraniano e do programa de desenvolvimento de mísseis na Coréia do Norte. O mercado acionário israelense foi afetado, com seu principal índice, o TA-100, registrando perda de 4,1%. A moeda israelense também chegou a se desvalorizar 1,7% diante do dólar norte-americano.

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