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Petróleo cai a US$ 107,12 em NY com rebaixamento dos EUA pela S&P

Na Nymex, os contratos de petróleo fecharam a US$ 107,12 por barril, em queda de 2,31%

Por Renato Martins e da Agência Estado
Atualização:

Os preços do petróleo caíram, depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixar a perspectiva dos ratings da dívida dos EUA de "estável" para "negativa". A decisão sugere que os custos para tomada de crédito poderão subir nos EUA, com impacto potencial no desempenho da economia e na demanda por petróleo. Isso alimentou o nervosismo de um mercado que já mostrava preocupação com a possibilidade de os preços altos da energia afetarem os gastos do consumidor e os investimentos das empresas.

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"Vamos encarar os fatos, isso foi um alerta. A S&P nos fez uma advertência e, enquanto isso, o mercado está perguntando: 'E se...?'", comentou o analista Phil Flynn, da PFGBest.

Para Zachary Oxman, da Trendmax Futures, "o principal é a destruição da demanda. É o maior componente do movimento de vendas". Ele se referia à preocupação de que os preços altos do petróleo e de outras commodities estejam prejudicando a recuperação da economia global, com consequente redução na demanda por esses produtos.

No último sábado, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, disse que seu país reduziu sua produção de petróleo em 800 mil barris por dia em março, para 8,3 milhões de barris por dia, porque não há demanda. Outros países da Opep também disseram que o mercado está bem abastecido. A China, por sua vez, voltou a elevar a exigência de reservas dos bancos (depósito compulsório), na tentativa de conter a inflação.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo bruto para maio fecharam a US$ 107,12 por barril, em queda de US$ 2,54 (-2,31%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para junho fecharam a US$ 121,61 por barril, em queda de US$ 1,84 (-1,49%). As informações são da Dow Jones.

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