Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 23, recuando dos maiores níveis em nove meses, depois que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se encontrou com o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, contribuindo para a percepção de que uma interrupção do fornecimento de petróleo iraquiano é improvável.O petróleo para agosto negociado na Nymex caiu US$ 0,66 (0,62%), para US$ 106,17 por barril. O contrato do Brent para agosto, por sua vez, teve queda de US$ 0,69 (0,60%), fechando a US$ 114,12 por barril na ICE.Kerry declarou nesta segunda-feira em Bagdá que cada uma das autoridades iraquianas, incluindo o premiê xiita, se comprometeu a dar posse a um novo Parlamento até 1º de julho, como exige a Constituição. Segundo Kerry, o destino do Iraque pode ser decidido na próxima semana e depende em grande parte do fato de seus líderes cumprirem o prazo para o início de um novo governo. Em Bagdá, Kerry reuniu-se com autoridades das coalizões xiita, sunita e curda."Ainda é verdade que qualquer interrupção real no fornecimento de petróleo do Iraque é muito improvável", disseram analistas do Commerzbank Commodity Research, em nota.Mesmo assim, os militantes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) levaram sua campanha contra o governo de al-Maliki para mais perto de Bagdá hoje. O grupo atacou um comboio a apenas 32 quilômetros do centro da capital e deu início a um tiroteio que deixou 81 mortos. Os rebeldes seguem, contudo, longe do sul do país, onde a produção de petróleo está concentrada."Nesta conjuntura, não há nenhuma razão em particular para os preços do petróleo subirem muito mais ou caírem muito mais", disse Harry Tchilinguirian, do BNP Paribas.