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Petróleo encerra em queda com ceticismo sobre a Opep

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo caíram depois de dois dias de ganhos, pressionados pelas dúvidas sobre se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai de fato reduzir sua produção e também por novos sinais de fraqueza econômica nos EUA, segundo analistas. Um dia depois dos informes indicarem que a Opep tinha concordado em cortar sua produção em 1 milhão de barris por dia, o presidente do cartel disse que ainda estava consultando os colegas ministros sobre a necessidade de um encontro de emergência. "Um encontro não foi convocado ainda, nós ainda estamos nas consultas", disse o presidente da Opep Edmund Daukoru à Dow Jones. Embora ele tenha dito que o consenso no grupo estava crescendo em direção a um corte de produção, os operadores permaneceram céticos. "Este mercado é extremamente cético sobre a habilidade da Opep em reduzir a produção com os preços em tais níveis elevados", disse o presidente da Cameron Hanover, Peter Beutel. "As pessoas sentem que a Opep pode dizer, sim, estamos cortando, mas, se alguém realmente precisar de petróleo", a Opep não vai deixar de fornecer a commodity, acrescentou. Além disso, o Departamento do Trabalho dos EUA informou hoje que em setembro foram abertas apenas 51 mil novas vagas no país, número que ficou bem abaixo das expectativas de aumento de 125 mil vagas. Os operadores do mercado de energia interpretaram o dado como um sinal de enfraquecimento da economia e potencial de menor crescimento na demanda por petróleo. O vice-presidente de administração de risco da Fimat USA, Mike Fitzpatrick, disse que o indicador favorece os argumentos de desaceleração econômica que têm pesado sobre o petróleo e outras commodities. Na Nymex, os contratos de petróleo para novembro fecharam a US$ 59,76 o barril, queda de US$ 0,27, ou 0,45%. A mínima foi de US$ 58,85 e a máxima de US$ 60,15. Em Londres, no sistema eletrônico da ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 59,83 o barril, queda de US$ 0,17, ou 0,28%. A mínima foi de US$ 58,75 e a máxima de US$ 60,32. As informações são da Dow Jones.

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