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Petróleo fecha acima de US$ 80 com greve na França

Por André Lachini e da
Atualização:

O mercado futuro do petróleo fechou com o barril acima de US$ 80 e bateu uma máxima de quase seis semanas, enquanto uma greve em curso nas refinarias francesas continuou a alimentar as preocupações sobre a oferta de gasolina. A greve dos trabalhadores nas refinarias da Total SA na França entrou no sexto dia e ainda não se prevê um fim para a disputa. Os trabalhadores nas refinarias francesas da petrolífera americana ExxonMobil também consideram aderir à greve.Os trabalhadores iniciaram a greve na semana passada em protesto contra os planos da Total de reduzir a capacidade de processamento nas refinarias e em descontinuar o refino na unidade de Flandres, perto de Dunquerque.Os contratos de petróleo com vencimento em março apresentaram alta de US$ 0,35 (0,44%) fechando a US$ 80,16 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Considerando as transações eletrônicas, a máxima no contrato para março foi de US$ 80,51 e a mínima foi de US$ 79,45. O fechamento de hoje significou a máxima desde 12 de janeiro, quando o barril alcançou US$ 80,79. O contrato para março expirou no encerramento do pregão desta segunda-feira. O contrato do petróleo na Nymex para abril teve alta de US$ 0,25 (0,31%) e fechou a US$ 80,31, com uma máxima de US$ 80,79 e uma mínima de US$ 79,65. Já o barril do petróleo Brent, negociado em contrato para abril no mercado eletrônico ICE, teve alta de US$ 0,42 (0,5%), fechando a US$ 78,61 o barril. A máxima foi de US$ 78,94 e a mínima foi de US$ 77,85.A greve na França acontece num período em que, tradicionalmente, as refinarias americanas entram no período sazonal de manutenção, embora com as operações trabalhando já num nível historicamente baixo, a produção poderá ser elevada se houver escassez de oferta.O sindicato empresarial francês do petróleo, Union Française des Industries Pétrolières (Ufip), disse hoje que os estoques de produtos refinados de petróleo no país representam de sete a dez dias de oferta. "Nós ainda não estamos numa situação de crise; das doze refinarias na França, seis estão funcionando e a vasta maioria das unidades de armazenagem está bem", disse Yves Le Goff, porta-voz da Ufip. As informações são da Dow Jones.

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