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Petróleo fecha em alta diante de dados bons dos EUA

Por MATEUS FAGUNDES E JOÃO BOSCO LACERDA
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 28, em alta impulsionados por dados positivos da economia dos Estados Unidos e pelo agravamento da crise política em importantes países produtores da commodity.Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para maio fechou em alta de US$ 0,39 (0,39%), a US$ 101,67 por barril, o maior valor de fechamento desde 7 de março. Na semana, a commodity negociada em NY subiu 2,22%. Em Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para maio avançou US$ 0,24 (0,22%), a US$ 108,07 por barril. De segunda a sexta, a commodity acumulou ganhos de 1,08%.Os dados da economia norte-americana divulgados hoje mostraram que o crescimento dos Estados Unidos continua tendo fôlego. Os gastos dos consumidores e a renda pessoal do mês de fevereiro subiram. Além disso, o índice de confiança do consumidor medido pela Reuters/Universidade de Michigan avançou em relação à leitura preliminar do mês de março. A leitura dos investidores de petróleo é de que a demanda pela commodity nos EUA se mantém aquecida.Na semana, o fechamento por três dias do Canal de Huston devido a um vazamento de petróleo no sábado e a diminuição do estoque em Cushing, o ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex, também ajudaram a impulsionar os preços.Do outro lado do Atlântico, os conflitos geopolíticos continuam dando sustentação aos preços do Brent. A ameaça da redução da oferta de petróleo por parte da Rússia, da Líbia e da Nigéria por conta das crises internas que esses países enfrentam impulsionaram os ganhos entre os investidores.Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a Rússia precisar retirar suas tropas da fronteira da Ucrânia caso queira restabelecer negociações com a comunidade internacional. Analistas avaliam que isso abre a possibilidade de novas sanções contra autoridades e empresários russos."A alta do Brent pode ser ainda maior por conta de uma série de fatores, como a recente queda da produção na Líbia, atrasos na entrega por parte da Nigéria devido a ataques aos oleodutos e a tensão permanente da Rússia com o ocidente", disse Tim Evans, analista de energia da Citi Futures. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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