PUBLICIDADE

Publicidade

Petróleo fecha em baixa com otimismo sobre Ucrânia

Por Leticia Pakulski
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 27, pressionados pelo alívio parcial dos temores sobre a Ucrânia após a eleição presidencial de domingo no país. Ainda assim, o leste ucraniano segue sacudido pela violência, o que limitou as perdas da commodity. O fortalecimento dos mercados de ações em Nova York e bons dados econômicos dos EUA também contribuíram para evitar uma queda ainda maior.Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho fechou em baixa de US$ 0,24 (0,23%), a US$ 104,11 por barril. O Brent para julho terminou com desvalorização de US$ 0,52 (0,47%), a US$ 110,02 por barril, na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres."Parte do temor que estava embutido nos preços do complexo do petróleo se dissipou com o resultado da eleição presidencial ucraniana, apesar da violência após a vitória (de Poroshenko), quando forças ucranianas enfrentaram rebeldes pró-Rússia", disse Matt Smith, analista de commodities do Schneider Electric. Segundo ele, a eleição do magnata do chocolate Petro Poroshenko é vista como positiva tanto na construção de relações com a Europa, como no reparo das ligações com a Rússia, o que se reflete na fraqueza do petróleo.Entretanto, a violência continua no país e pode voltar a sustentar as cotações da commodity. Quarenta pessoas, incluindo dois civis, foram mortas ontem quando tropas oficiais repeliam uma tentativa dos rebeldes de tomar o controle do aeroporto de Donestsk, destacou o prefeito da cidade, Oleksandr Lukyanchenko. Para líderes insurgentes, a quantidade de vítimas pode chegar a 100. Na Líbia, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a situação geopolítica também é frágil.As perdas do petróleo foram amenizadas ainda por dados positivos sobre a economia norte-americana. As encomendas de bens duráveis tiveram aumento surpreendente, enquanto o indicador composto S&P/Case-Shiller, de preços de moradias nas 20 maiores cidades dos EUA, registrou o primeiro avanço em cinco meses. A confiança do consumidor dos EUA medida pelo Conference Board também aumentou, mas em linha com as expectativas do mercado. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.