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Petróleo fecha em queda, a US$ 70,04

A commodity já caiu 20% de sua máxima do dia 3 de maio até o fechamento de hoje

Por Álvaro Campos e da
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo fecharam o dia em queda, apesar do desempenho registrado nos mercados de ações e câmbio. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos futuros com vencimento em julho fecharam em baixa de 1,1%, a US$ 70,04 o barril. No mercado eletrônico ICE de Londres, o petróleo tipo Brent caiu 0,2%, para US$ 71,68 o barril."Nós ignoramos os ganhos nos preços das ações e uma onda de venda do dólar", disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy, em Stamford (Connecticut). "Eu acho que o sentimento econômico negativo que está levando os preços do petróleo para uma queda de quase US$ 20 nas últimas três semanas, combinado com o fraco panorama dos fundamentos, continua a abater o mercado".A aprovação de um projeto de reforma financeira no Senado dos Estados Unidos impulsionou o mercado de ações. Já a votação do Parlamento da Alemanha, que aprovou a contribuição do país para um pacote de ajuda para a zona do euro, ajudou a moeda comum europeia a recuperar terreno em relação ao dólar. Esses dois fatores ajudaram o petróleo a interromper as perdas da manhã e até a ficar brevemente no positivo, mas o efeito não durou muito.Os preços do petróleo estão especialmente vulneráveis, já que eles subiram com a esperança de que uma recuperação econômica levará a um aumento na demanda, mesmo com as notícias de estoques crescentes. Desde que os problemas com as dívidas soberanas na Europa colocaram essa recuperação em dúvida, o petróleo teve uma forte retração, caindo nas últimas três semanas de uma máxima de US$ 87,15 o barril para uma mínima de US$ 64,24 o barril nos contratos com vencimento em junho, que expiraram ontem. O petróleo já caiu 20% de sua máxima do dia 3 de maio até o fechamento de hoje."O mercado do petróleo está supervalorizado há um ano. Os preços subiram sem acompanhar os fundamentos", diz Tom Bentz, corretor e analista do BNP Paribas Commodity Futures, em Nova York. "De repente, agora está tudo caindo e nós estamos nos equiparando ao que os fundamentos têm dito há um longo tempo".Na quarta-feira, o Departamento de Energia dos EUA divulgou que os estoques no ponto de entrega de Cushing (Oklahoma), que dá suporte aos contratos futuros da Nymex, subiram para um recorde de 37,9 milhões de barris. A capacidade disponível em Cushing é avaliada entre 40 milhões e 50 milhões de barris. As informações são da Dow Jones.

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