PUBLICIDADE

Petróleo fecha em queda após comentários de Plosser

Por ÁLVARO CAMPOS
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta terça-feira, com os investidores preocupados com a fraca demanda e a alta nos estoques. Além disso, comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, contra o novo programa de compras de ativos do banco central dos EUA, pesaram sobre o humor dos investidores.O contrato de petróleo para novembro caiu US$ 0,56 (0,61%) e fechou a US$ 91,37 o barril, o menor nível desde 2 de agosto. Na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para novembro subiu US$ 0,64 (0,58%), fechando a US$ 110,45.No início da sessão em Nova York, o petróleo chegou a superar US$ 93,00 o barril, após o Conference Board divulgar que a confiança do consumidor nos EUA subiu a 70,3 em setembro, bem acima das previsões dos analistas, de 65,0. Já o Federal Reserve de Richmond informou que seu índice de atividade no setor industrial na região subiu em setembro para 4, de -9 em agosto. E a Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês) revelou que seu índice de preços das moradias avançou 0,2% em julho ante junho, quando a estimativa dos analistas era de um avanço de 0,7%.Mas o petróleo inverteu a direção após os comentários feitos Plosser. Ele afirmou que o novo programa de compras de ativos anunciado este mês pelo banco central dos EUA não vai impulsionar o crescimento econômico e ameaça afetar a credibilidade da instituição. Plosser disse ainda que o Fed está aumentando os riscos, em vez de mitigá-los. Apesar dele não ter poder de voto este ano no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), suas declarações mostram as divergências existentes dentro do Fed quanto aos efeitos do novo programa.Alguns analistas dizem que o petróleo pode cair mais, talvez revisitando a mínima de US$ 87,13 registrada no começo de agosto. "Uma queda para US$ 87,13 pode ser exagerada no curto prazo, mas certamente não está descartada", comentou Tony Rosado, corretor da Dorado Energy. As informações são da Dow Jones.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.