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Petróleo fecha em queda de 1,32%

Após a escalada de preços durante a semana, investidores aproveitam para realizar lucros

Por Álvaro Campos
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta sexta-feira, com investidores aproveitando para realizar lucros, após sete sessões consecutivas de alta. A commodity também foi pressionada pela alta do dólar e renovados temores com a crise da dívida na zona do euro, em especial a Espanha.

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O contrato do petróleo WTI para agosto, que expirou logo após o fechamento, perdeu US$ 1,22 (1,32%), encerrando a sessão a US$ 91,44 o barril. Na semana, a alta acumulada foi de 4,98%. O contrato para setembro teve retração de US$ 1,14, fechando a US$ 91,83. Na plataforma ICE, o barril do petróleo Brent para setembro caiu US$ 0,97 (0,90%), para US$ 106,83. Na semana, o Brent teve ganho de 4,33%.

Analistas atribuem a queda de hoje ao movimento dos investidores para realizar lucros, após o WTI ganhar 10,43% nas últimas sete sessões, impulsionado pelos riscos geopolíticos no Oriente Médio e as expectativas de novas ações de importantes bancos centrais para estimular suas economias.

"A onda de vendas do petróleo esta manhã parece fortemente relacionada com um movimento de realização de lucros. Uma retomada das fortes altas deste mês parece provável no começo da semana que vem, se houver novas notícias vindas do Oriente Médio", afirma Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch & Associates.

O petróleo também foi pressionado hoje pela alta do dólar, que o torna mais caro para compradores que usam outras moedas, já que a commodity é denominada na divisa norte-americana. Além disso, os renovados temores com a Espanha também aumentou o sentimento de aversão ao risco. Hoje, o yield dos bônus de 10 anos do país atingiu a máxima recorde de 7,24%. "Nós estamos vendo o euro ser pressionado, e isso é simplesmente uma fuga dos ativos de risco", comenta Matt Smith, analista da Summit Energy.

O governo da Espanha reviu hoje sua projeção para a economia do país e agora acredita que a recessão deve se prolongar para o ano que vem. Em uma entrevista à imprensa, o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter contração de cerca de 0,5% em 2013, em vez da expansão de 0,2% prevista anteriormente. As informações são da Dow Jones.

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