23 de outubro de 2013 | 18h09
Os contratos de petróleo caíram depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques subiram 5,246 milhões de barris na semana até 18 de outubro, bem acima da previsão de um avanço de 1,7 milhão de barris. O número é maior do que os dados informados na véspera pelo American Petroleum Institute (API), que divulgou que os estoques tiveram crescimento de 3,0 milhões de barris na semana até 18 de outubro.
Na plataforma eletrônica ICE, o barril de petróleo tipo Brent para dezembro fechou em queda de US$ 2,17 (1,46), a US$ 107,80 por barril.
Depois de caírem durante a maior parte do verão nos EUA, os estoques de petróleo aumentaram quase 20 milhões de barris desde o mês passado. Refinarias operavam perto da capacidade máxima durante o período de calor, produzindo mais gasolina para consumo dos norte-americanos. A tendência se modifica nos meses de inverno e as taxas de utilização recuaram para um patamar entre 85,9% e 85,6%, segundo dados do DoE e API, respectivamente. Na semana anterior a taxa de utilização de capacidade das refinarias era de 86,2%.
"Até ver sinais mais positivos de emprego nos EUA e da demanda crescendo, não vamos ver o preço do petróleo subindo novamente", afirmou Carl Larry, presidente da Oil Outlook and Opinions. Para Andy Lebow, vice-presidente sênior de energia da Jefferies Bache, "estamos observando uma mudança que mostra um excedente de produção interna de petróleo, e esse movimento continua a crescer".
Além do aumento nos estoques dos EUA, a China também reduziu a demanda por petróleo em setembro de 2013. De acordo com dados divulgados hoje pela Platts Analysis, houve queda de 2,3% na demanda chinesa no último mês, para uma média de 9,66 milhões de barris por dia. É a primeira vez que o consumo chinês mostra uma contração desde agosto de 2012. Em bases mensais, a demanda teve crescimento de 2,6% em setembro ante agosto. Fonte: Dow Jones Newswires
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