Os contratos futuros do petróleo operam em baixa com realização de lucros, depois de atingirem sexta-feira níveis históricos de alta em Londres e em Nova York. Na plataforma ICE, em Londres, o contrato chegou a US$ 75,09 o barril na máxima histórica intraday (durante o dia); na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), foi até US$ 75,78 o barril. Ambos fecharam a sexta-feira em queda, já em conseqüência de realização de lucros. Às 11h22 (de Brasília), o contrato para setembro negociado em Londres caía 0,86%, para US$ 72,88 o barril. O contrato de mesmo vencimento negociado na Nymex recuava 0,46%, para US$ 73,75 o barril. Apesar do movimento de queda desta manhã, a tendência continua de alta nos preços, tendo em vista as condições apertadas de oferta de gasolina e as tensões geopolíticas. "Todas as variáveis de curto prazo - furacões, riscos geopolíticos, suspensão nas operações de algumas refinarias e problemas na oferta de petróleo - oferecem sustentação aos preços", disse o diretor de pesquisas em energia da Calyon, Mike Wittner. Para ele, o petróleo deverá tocar US$ 80,00 o barril, antes da correção de volta aos US$ 60,00 o barril. "Embora haja planos para aumentar a capacidade de refino nos próximos cinco anos, esperamos que o aumento na demanda por combustíveis limpos, combinado a atrasos na conclusão de projetos de refinarias, continuará a oferecer sustentação aos preços", disse o Barclays Capital. A instituição observa ainda que o otimismo mostrado pelo mercado em relação à disputa nuclear no Irã acabará em breve, trazendo os preços novamente para cima. Outro fator de sustentação do mercado é o ingresso de dinheiro novo no mercado de energia, por conta do início de um novo trimestre financeiro. Dados divulgados sexta-feira pela Comissão de Negociação Futura de Commodities, nos EUA, mostraram que os grandes especuladores elevaram a posição líquida comprada nos futuros do petróleo cru na Nymex pela segunda semana consecutiva. Tais posições subiram 8.464, para 45.278 contratos. As informações são da Dow Jones.