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Petróleo recua com receio de sanções dos EUA ao Irã

Temor se refere à possibilidade de a oferta de barris do Irã, terceiro maior exportador mundial da commodity, cair após sanção dos EUA

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta, refletindo os receios com a possibilidade de a oferta de barris do Irã, terceiro maior exportador mundial da commodity, diminuir no mercado mundial em razão de novas sanções comerciais impostas ao país pelos EUA. O preço do contrato do petróleo para janeiro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subiu US$ 1,09, ou 1,12%, para US$ 98,01 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent avançou US$ 2,15, ou 2,01%, para US$ 109,03 por barril.Ontem, os EUA impuseram novas sanções comerciais ao Irã por suspeitarem que o programa nuclear do país possui finalidade bélica. As medidas incluem a proibição das vendas de bens e serviços à indústria petrolífera iraniana e restrições à capacidade dos bancos do país para fazer negócio ao redor do mundo. Outros países ocidentais, entre eles a França, o Reino Unido e o Canadá, apoiaram as sanções. O Irã não fornece petróleo diretamente para os EUA, mas investidores temem a possibilidade de escassez da commodity se eventualmente o mercado for privado da produção iraniana. Esses receios ofuscaram inclusive fatores negativos para os preços do petróleo, como dados que mostraram um crescimento menor do que o originalmente previsto da economia norte-americana no terceiro trimestre. O Departamento do Comércio dos EUA divulgou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anualizada de 2,0% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior. A leitura foi inferior à preliminar, de expansão de 2,5%, e também ficou abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 2,3%."O que realmente estamos vendo aqui é uma batalha entre preocupações econômicas e as sanções ao Irã e seus potenciais efeitos sobre o horizonte do petróleo", disse Tom Bentz, diretor do BNP Paribas Prime Brokerage. As informações são da Dow Jones.

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