PUBLICIDADE

Petróleo recua para US$ 71,28, mas Irã volta ao foco

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo reduzem gradualmente o ritmo de queda dos preços, diluindo a reação a fatos que provocaram perdas superiores a 1% no pregão eletrônico mais cedo. Logo pela manhã, a realizações de lucros, o alívio em relação às preocupações na ponta de oferta nos EUA e a decisão da China de apertar a taxa de juros serviram como argumentos adicionais para esvaziar o entusiasmo por compras de petróleo. Mas o mercado de petróleo deve se voltar novamente para o Irã. Amanhã, vence o prazo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que o Irã interrompa seu programa de enriquecimento de urânio. O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei, apresentará, na sexta-feira, seu relatório para o conselho da agência e o Conselho de Segurança da ONU, com sede em Viena. O relatório traçará um diagnóstico sobre se o Irã está implementando a exigência para interromper o processo de enriquecimento de urânio. O governo de Teerã, no entanto, tem se negado a cumprir as exigências da ONU, argumentando que o enriquecimento de urânio tem fins pacíficos para suprir as necessidade de energia do país. Às 9h23, o petróleo para junho recuava 0,90%, para US$ 71,28 por barril, na Nymex eletrônica (bolsa de energia dos EUA), em Nova York. Mais cedo, o contrato atingiu a mínima de US$ 71,00 por barril. A gasolina para junho cedia 1,48%, para US$ 2,102 por galão (um galão equivale a 3,7 litros). O conflito do Irã com o Ocidente deve ser o ponto central das conversas entre a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e seus colegas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Européia. A questão iraniana não está na agenda oficial da reunião da Otan, mas o tema deve ser discutido em jantar informal que será realizado hoje nos bastidores do encontro, na Bulgária. Os EUA, França e Reino Unido afirmaram que se o Irã não respeitar o prazo de amanhã devem procurar uma forma de a exigência ser compulsória, a despeito de a Rússia e a China rejeitarem essa postura. A Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança, a exemplo da China. Hoje, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica sobre o programa nuclear do Irã não deve ser visto como um ultimato para Teerã. "O procedimento para referências e exame do relatório não é um ultimato", declarou. Os contratos de petróleo abriram com perdas mais fortes, com a decisão da China de esfriar sua economia contribuindo para estimular vendas. Além disso, os investidores seguiram reagindo aos dados semanais sobre os níveis dos estoques comerciais norte-americanos, divulgados ontem, que esfriaram as preocupações relacionadas a oferta de gasolina. O Departamento de Energia (DoE) dos EUA mostrou que a taxa de ocupação das refinarias aumentou em 2 pontos porcentuais, para 88,2% da capacidade na semana passada. Este é o maior nível de atividade das refinarias desde início de janeiro e indica que as empresas estão concluindo a temporada de manutenção. Além disso, os estoques de gasolina caíram em 1,9 milhão de barris. O contrato para junho fechou em queda de 1,30%. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.