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Petróleo sobe apesar de Irã negar bloqueio de canal

Preço disparou com rumores de que governo iraniano teria fechado o Estreito de Ormuz, principal rota para transporte de petróleo no mundo

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

Os contratos futuros do petróleo subiram mais de 3% em alguns minutos nesta terça-feira com o rumor do mercado de que o Irã teria fechado um grande canal de transporte de petróleo, mas acabaram reduzindo os ganhos quando a notícia se provou infundada.Segundo os rumores, o governo iraniano teria fechado o Estreito de Ormuz. Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito é a principal rota para transporte de petróleo no mundo, representando quase 33% de todo o petróleo negociado por via marítima, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês). A notícia apareceu em blogs financeiros e sites de notícias e levou os contratos futuros do petróleo na New York Mercantile Exchange (Nymex) a subirem 3,6%, para US$ 101,25 o barril.Uma autoridade iraniana desmentiu mais tarde a informação. Também um porta-voz da quinta frota da Marinha dos EUA, em Barém, disse que o tráfego de navios no Estreito estava fluindo normalmente. O rumor pareceu ser baseado em uma notícia divulgada na tarde de ontem de que um membro do parlamento iraniano disse que os militares do país se preparavam para fechar o Estreito.Traders e analistas atribuíram o rápido rali à negociação eletrônica pré-programada, estabelecida para liquidar apostas em uma queda do mercado, logo que os preços comecem a subir substancialmente. As posições também chamadas de vendidas são cobertas pela compra de contratos, que o que gerou a onda de compras.O mercado se moveu para baixo depois disso, mas ainda realizou ganhos, visto que os comerciantes que abandonaram as apostas em meio à queda dos preços demoraram a voltar. O contrato do petróleo para entrega em janeiro subiu US$ 2,37 dólar, ou 2,4%, e fechou em US$ 100,14 o barril na Nymex. O contrato do petróleo Brent para janeiro ICE Futures, de câmbio avançou US$ 2,24 dólares (+2,09%), para US$ 109,50 o barril. As informações são da Dow Jones.

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