Os contratos futuros de petróleo operam em alta, após o presidente do Estados Unido, Barack Obama, autorizar ataques aéreos norte-americanos no Iraque. Segundo Obama, a medida tem como objetivo retardar o avanço dos militantes extremistas islâmicos, que desde junho invadiram diversas regiões no norte e no oeste iraquiano.
"Neste momento, a reação do mercado diz respeito a como o mercado responde normalmente quando há notícia de primeira página de tensões geopolíticas. Este é um comportamento tradicional", disse o economista Barnabas Gan, em OCBC Bank.
A geopolítica está de volta à agenda não só por causa do Iraque, mas devido à concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, a violência na Líbia e uma rejeição das últimas propostas de cessar-fogo no conflito entre Israel e Palestina.
Contudo, os fundamentos apontam para um mercado amplamente suprido, disse a JBC Energy.
"Embora a situação no lado geopolítico pareça estar cheia de instabilidade, no plano econômico, sinais positivos dos EUA e das economias europeias estão reforçando as expectativas de uma melhoria no crescimento econômico global este ano", escreveram em uma nota a clientes.
Aceleração do crescimento nos EUA, uma recuperação gradual na Europa e uma estabilização na China levam a uma perspectiva sobre a economia global que é positiva no curto prazo, segundo a JBC, "com os países desenvolvidos estimulando o crescimento, enquanto os riscos de baixa parecem estar contidos no momento".
Às 9h (de Brasília), o petróleo Brent com entrega em setembro subia 0,61% a US$ 106,07 por Barril. Na Nymex, o contrato de petróleo para setembro avançava 0,39%, para US$ 97,72 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.