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Petróleo sobe com euro e tensão no Oriente Médio

Produção na máxima nos EUA a recuperação lenta no Mar do Norte ampliam spread entre Brent e WTI a US$ 20

Por Danielle Chaves
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, sustentados pelo euro mais forte diante do dólar e pelas contínuas preocupações com a possibilidade de problemas na oferta do Oriente Médio, que é uma importante região produtora.A diferença entre os dois principais contratos de petróleo, conhecida como "spread" entre o brent e o WTI, superou US$ 20 e analistas do Commerzbank afirmaram que duas razões para isso são o fato de a produção nos EUA estar na máxima em 15 anos, enquanto no Mar do Norte a produção está demorando para se normalizar após paralisações para manutenção neste mês.Dennis Gartman, comentarista do The Gartman Letter, acredita que o spread vai aumentar "até que a situação iraniana esteja de alguma forma resolvida". Embora nesta semana tenha havido um acordo entre o Sudão e o Sudão do Sul que poderá devolver 350 mil barris de petróleo por dia aos mercados globais, declarações feitas nesta semana pelos líderes de Irã e Israel apontam para a possibilidade de problemas na oferta no futuro.Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exortou os EUA e outras potências globais a estabelecerem um limite claro para a produção de combustível nuclear pelo Irã, que deveria ser uma "linha vermelha" que, se ultrapassada, levaria a ataques militares.No começo da semana, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que qualquer ataque a seu país será visto como uma operação conjunta de Israel e EUA. O Irã há muito tempo diz que, no caso de um ataque a suas instalações nucleares, fechará o Estreito de Ormuz, um canal no Golfo Pérsico por onde passa quase um terço da oferta global de petróleo bruto.Às 7h16 (de Brasília), o petróleo para novembro negociado na Nymex subia 0,36%, para US$ 92,18 por barril, enquanto o brent para novembro avançava 0,73% na ICE, para US$ 112,83 por barril. As informações são da Dow Jones.

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