PUBLICIDADE

Petróleo sobe e volta a superar US$ 73 o barril

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados europeus voltam a registrar perdas nesta manhã após o preço do barril do petróleo ter superado os US$ 73, seu nível mais alto das últimas três semanas. A ameaça feita pelo líder supremo do Irã, Ali Khamenei, de que seu país poderá interromper os carregamentos de petróleo via Golfo Pérsico caso os Estados Unidos ?dêem um passo equivocado? em relação ao programa nuclear iraniano, gerou apreensão nos mercados. Mas em Londres, o mercado contabilizava pequenos ganhos, com a alta dos preços da commodity beneficiando papéis do segmento, como Royal Dutch Shell e British Petroleum. A alta da commodity também reacendeu os temores entre os investidores de que os preços mais elevados das matérias-primas poderá colocar mais pressão sobre a inflação nos Estados Unidos e outros países ricos, e ao mesmo tempo prejudicar os resultados das empresas. A Bolsa de Frankfurt contabilizava queda de 0,70% às 7h53 (de Brasília). A Bolsa de Paris caía 0,47% e a de Londres subia 0,11%. Os temores com o comportamento da economia norte-americana também fizeram com o índice Nikkei, de Tóquio, fechasse com uma perda de 0,77%. Já a Bolsa de Hong Kong ficou no terreno positivo, com uma alta de 0,65%. O Golfo Pérsico abastece cerca de 20% do petróleo consumido em todo o mundo. Khamenei disse que os EUA ?poderiam ameaçar perigosamente o fluxo de energia na região?. Essa retórica mais agressiva de Teerã não é uma novidade, mas neutralizou os efeitos positivos sobre os preços da commodity na semana passada, quando Washington anunciou sua decisão de se engajar diretamente nas negociações com as autoridades iranianas sobre a questão nuclear. ?Os preços do petróleo continuam pressionados por uma forte demanda e uma oferta limitada e devem continuar assim nos próximos meses?, disse um analista de uma corretora de commodities em Londres. ?Diante do elevado estado de tensão nos mercados, qualquer indicação de que a oferta poderá ser reduzida tem o efeito de pressionar os preços para cima, como estamos vendo hoje.?

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.