PUBLICIDADE

Petróleo termina em alta com demanda das refinarias

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço futuro do petróleo atingiu a máxima em duas semanas, dando um salto de mais de US$ 2,00 o barril com a perspectiva de um aumento sazonal da demanda para as refinarias norte-americanas. A suavização do comunicado do banco central dos EUA (Federal Reserve, ou Fed) em relação a futuras altas no juro do país também ajudou a impulsionar o preço, ao diminuir os temores de que um aumento nas taxas norte-americanas possa reduzir os gastos com consumo e afetar a demanda por petróleo. A atividade das refinarias deve crescer, o que, por sua vez, levará a um aumento na demanda por petróleo, já que as refinarias produzirão gasolina antes do pico da demanda dos meses de verão (no hemisfério Norte), explicou o analista de petróleo da A.G. Edwards, Eric Wittenaur, em Saint Louis. Wittenaur disse que o último comunicado do Fed também contribuiu para a alta dos preços, porque está sendo "interpretado como inesperadamente suave". Em sua reunião de ontem, o Fed deixou o juro inalterado em 5,25% ao ano e suavizou o viés de aperto da política monetária ao se referir a "futuros ajustes da política" que dependerão de dados do crescimento e da inflação, sem especificar a possibilidade de elevação dos juros, como fazia nos comunicados anteriores. A utilização das refinarias subiu 0,7 ponto porcentual para 86,3% na última semana. Muitos esperam que este seja o início de um aumento na produção das refinarias, uma vez que as manutenções sazonais terminaram. "Daqui para a frente, as refinarias devem querer mais e mais petróleo para aumentar o refino nas próximas 12 a 14 semanas", disse o presidente da consultoria Cameron Hanover, Peter Beutel, em New Canaan, Connecticut, em relatório. O rali iniciado hoje ganhou força com a compra por fundos que empurraram os preços acima dos níveis de resistência, ou preços que o petróleo testou nas últimas ondas de vendas, disse o analista e corretor Aaron Kildow, da Prudential Financial, em Nova York. "É um rali técnico, puxado pelos fundos", disse Kildow. "Furamos algumas resistências, como US$ 60,80, e a próxima grande resistência é em US$ 62,00, de onde acredito que veremos um recuo." O contrato para abril da gasolina RBOB (reformulated Gasoline blendstock for oxygenate blending) subiu 2,26 centavos de dólar, ou 1,17%, para US$ 1,9575 o galão. O contrato para maio do petróleo WTI fechou em alta de US$ 2,08, ou 3,49%, em US$ 61,69 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York. Em Londres, na Bolsa eletrônica ICE o Brent para entrega em maio subiu US$ 1,81, ou 2,98%, para US$ 62,58. As informações são da agência Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.