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Preço da ação da Varig desaba na Bovespa

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço das ações da Varig está em forte queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Às 16h04, as ações preferenciais da companhia (PN, sem direito a voto) estavam em R$ 1,72, uma queda de 52,22% em relação aos últimos negócios de ontem. Desde a abertura dos negócios, as ações da Varig estão com forte oscilação. Abriram a R$ 4,00 e oscilaram entre a máxima de R$ 4,00 e a mínima de R$ 1,52. No leilão da Varig realizado hoje, não foram apresentadas propostas na primeira etapa. Na segunda etapa, apenas o grupo formado pelos trabalhadores da Varig (TGV) entregou proposta para compra de toda a companhia aérea. Contudo, o valor oferecido, de US$ 449,048 milhões, é inferior ao preço mínimo estabelecido. Na segunda etapa, não havia valor mínimo a ser cumprido para a oferta, diferentemente da primeira fase, em que os lances deveriam ser de valor igual ou superior ao preço mínimo fixado tanto para a companhia inteira (US$ 860 milhões) como para a parte doméstica (US$ 700 milhões). O leilão foi para a segunda etapa porque a primeira fracassou. Dos cinco investidores que se pré-qualificaram para o leilão, nenhum apresentou proposta. O valor ofertado pelo TGV corresponde a um deságio de 47,8% sobre o mínimo proposto na primeira fase do leilão, que era de US$ 860 milhões. A proposta do TGV equivale a R$ 1,010 bilhão. Desse total, R$ 225 milhões serão pagos em créditos concursais e extra-concursais, R$ 500 milhões em debêntures da nova companhia e R$ 285 milhões em dinheiro. Outros investidores podem estar associados aos Trabalhadores do Grupo Varig para a compra da companhia aérea. A informação é do presidente da Associação de Mecânicos de Vôo da Varig (AMVAR), Oscar Bürgel, que integra o TGV. Segundo ele, há três investidores associados com o TGV para comprar a Varig. Contudo, ele não revelou os nomes, limitando-se a dizer que entre estes três investidores estariam uma empresa aérea, ou um fundo de investimento ou um banco. Possível falência Ayoub descartou a possibilidade de ser realizado um novo leilão pela Varig, caso a proposta feita pelos Trabalhadores do Grupo Varig não seja validada. Ele descartou também a falência da empresa, mesmo que a proposta não seja aceita. Segundo ele, apesar de a lei de recuperação judicial determinar a falência, o juiz pode interpretar que ainda existe viabilidade financeira para a companhia continuar operando. Ele defende que a Varig é uma empresa viável e que sofre de um problema de curto prazo.

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