A incorporadora espera obter registro da oferta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 24 de março, e iniciar a negociação das ações em bolsa no dia seguinte. A liquidação da oferta está prevista para 29 de março. O documento por enquanto não estipula a quantidade de ações na oferta, nem faixa indicativa de preço. A oferta prevê lote adicional de até 20% das ações inicialmente ofertadas e lote suplementar de até 15%.
O que se sabe é que no dia 9 de fevereiro a empresa protocolou na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) pedido de registro de oferta primária de ações em valor estimado entre R$ 900 milhões e R$ 1,1 bilhão.
Na ocasião, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Gafisa, Duilio Calciolari, afirmou que a oferta deve ser concluída no primeiro trimestre. Do total a ser captado na oferta, 35% irá para a compra de terrenos, 25% para capital de giro, 20% para lançamentos e outros 20% para aquisições. De acordo com executivo, considerando que a empresa e o setor imobiliário vão crescer, é preciso aumentar o banco de terrenos agora.
Entre os fatores de risco citados no prospecto, a companhia alerta que não dispõe de mecanismos de proteção contra aquisições hostis (poison pills), embora nenhum acionista seja titular de mais de 50% das ações. "A inexistência do referido mecanismo de proteção torna o controle da companhia mais vulnerável e suscetível a futuras aquisições por seus acionistas ou novos investidores, hipótese em que podem ocorrer alterações substanciais em sua estrutura administrativa, gestão e política estratégica".
Os bancos contratados para coordenação da atual oferta, com esforços de colocação no exterior, são Itaú BBA (líder), JP Morgan e Banco Votorantim. No ano passado, a Gafisa cancelou uma oferta de ações na qual pretendia captar até R$ 700 milhões.