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Presidente da Airbus pede demissão

Por Agencia Estado
Atualização:

Em mais um capítulo da crise na Airbus, Gustav Humbert, presidente da empresa, pediu ontem para deixar o cargo. Além dele, Noel Forgeard, o atual vice-presidente da EADS (Companhia Européia de Defesa Aeronáutica e Espacial), que controla a fabricante de aviões, também se demitiu para dar continuidade ao plano de reestruturação da companhia. A intenção é recuperar a confiança dos investidores, depois que a Airbus anunciou atrasos nos planos para fabricar seu superjumbo, o A380. Segundo o comunicado da empresa, Humbert foi substituído por Christian Streiff, ex-executivo da Saint-Gobain, fabricante de materiais de construção. Já Louis Gallois, diretor da empresa ferroviária francesa SNCF e ex-presidente da fabricante de motores Snecma substituirá Forgeard. Ele vai trabalhar com o atual vice-presidente da EADS, Tom Enders. A EADS tenta recuperar a confiança das empresas aéreas e investidores desde que suas ações caíram 26% no dia 14 de junho, quando divulgou que a produção do A380 sofreria um demora de cerca de sete meses a mais que o planejado. A companhia disse que os problemas na linha de produção reduziriam em 2 bilhões os lucros nos próximos quatro anos. O anúncio fez com que algumas companhias exigissem uma compensação pelo atraso ou até anunciassem a intenção de cancelar ordens de compra. No mesmo dia em que as ações caíram, a companhia aérea de Cingapura anunciou que havia firmado um acordo de US$ 4,530 bilhões para comprar da Boeing 20 aviões 787-9, um rival do Airbus A 350. A crise fez com que vários executivos reclamassem de um mudança na liderança da EADS, que é administrada conjuntamente por alemães e franceses. Juntos, eles controlam 80% das ações da Airbus. Mesmo assim, a Airbus teve algumas vitórias recentemente. A EADS foi selecionada pelo Exército dos EUA para fornecer 322 helicópteros, em um acordo de US$ 1,3 bilhão. Segundo a EADS, o valor pode chegar a US$ 3 bilhões, se os custos de manutenção vitalícia forem acrescidos ao valor da compra. Trata-se da primeira grande vitória da EADS em um programa militar americano, embora a companhia européia já tenha vendido aeronaves para a guarda litorânea dos EUA. No Brasil, a empresa também fez negócios na semana passada. A TAM assinou memorando de entendimentos com a Airbus para comprar 37 aeronaves. Os aviões são avaliados em US$ 1,9 bilhão e deverão substituir os 22 modelos Fokker100 que a TAM ainda usa.

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