PUBLICIDADE

Publicidade

Presidente da estatal boliviana de petróleo pede demissão

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB), Juan Carlos Ortiz, anunciou, neste fim de semana, sua saída da companhia. A YPFB ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas, em entrevista à imprensa local, Ortiz afirmou que vinha sendo alvo de ataques e decidiu sair para não prejudicar o processo de refundação da empresa, iniciado com a estatização do setor de petróleo e gás do país. "Decidi apresentar minha renúncia ao cargo de presidente da YPFB porque não devo nem posso aceitar que meu nome seja manuseado por fontes e pessoas anônimas que se ocultam para iniciar uma campanha de ataque à minha gestão e à minha pessoa. Não estou acostumado a isso, não vou permitir e tampouco vou tolerar", disse Ortíz, segundo a agência oficial de notícias ABI. Ex-funcionário da Petrobras Bolívia, Ortíz assumiu a YPFB em setembro do ano passado, após a renúncia de Jorge Alvarado, desgastado por suspeitas de corrupção. O site da ABI informa que o presidente da Bolívia, Evo Morales, já tem uma lista de nomes para indicar à presidência da YPFB e que a escolha deve ser anunciada "nas próximas horas". O trabalho de Ortíz foi considerado, pelo mercado, fundamental para que as petroleiras que operam no país assinassem os novos contratos de concessão, onde perderam receita para o Estado boliviano. Logo após assumir, o executivo e o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, iniciaram uma ostensiva campanha de negociações com as companhias, que culminou com a adesão de todas as petroleiras aos novos termos, no final de novembro. Ortíz também estava à frente das negociações com a Petrobras a respeito do preço do gás importado pelo Brasil. Nesse sentindo, conseguiu importante avanço ao ampliar o escopo das negociações, levando a estatal brasileira a se comprometer com a análise de novos projetos de investimento na Bolívia. Segundo informações da imprensa local, o nome mais forte para substituí-lo é o de Guillermo Aruquipa, hoje um dos vice-presidentes da YPFB e ligado ao Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.