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Previsão é de semana mais calma

Por Agencia Estado
Atualização:

A expectativa é que o mercado financeiro dê continuidade ao movimento de recuperação - com alta das ações e queda do dólar - iniciado na sexta-feira na esteira da fala otimista, na quinta-feira, do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central do EUA), Ben Bernanke, sobre a inflação. A idéia de um ambiente de negócios mais calmo é reforçada ainda pela agenda fraca de indicadores econômicos nos EUA e, internamente, pelas previsões otimistas sobre dados de inflação. O vice-presidente executivo de Tesouraria do banco WestLB do Brasil, Flávio Farah, comenta que a fala de Bernanke trouxe certo alívio para os mercados, mas os investidores permanecerão atentos a dados da economia e inflação americanos. Segundo ele, a declaração do presidente do Fed foi mais um pretexto para a correção técnica dos mercados, depois de dias de muito nervosismo, mas, enquanto os dados não confirmarem queda do núcleo da inflação americana, que continua pressionado, o alívio poderá ser apenas momentâneo. De todo modo, a ausência de indicadores importantes nos EUA é um fator que tende a reduzir a volatilidade nos negócios desta semana. "Por ser uma semana bem light, os mercados devem seguir o comportamento dos índices das Bolsas americanas, principalmente do Standard & Poor's 500." Um evento que pode agitar o mercado doméstico de ações hoje é o vencimento de exercício de opções, depois que a reação da Bolsa de Valores de São Paulo na sexta-feira fortaleceu a posição dos investidores que ganham com a alta dos papéis. Dentre os indicadores locais, aponta Farah, o que atrai mais atenção é o IPCA-15 de junho que será conhecido na sexta-feira. A estimativa é que esse índice aponte uma deflação de até 0,10%, que, se confirmada, reforçaria a probabilidade de variação negativa também para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de junho, comenta. "Isso confirmaria que a inflação está bem comportada e, combinado com possíveis dados fracos de atividade, poderia fortalecer as apostas sobre um corte de juro na magnitude anterior, de 0,50 ponto porcentual." A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para decisão sobre a taxa básica de juros, ocorrerá daqui a um mês, nos dias 18 e 19 de julho. Outro dado de inflação que estará no foco do mercado financeiro é o IGP-10 de junho, que será divulgado amanhã e poderá refletir a recente alta do dólar. O executivo do WestLB diz, contudo, que o avanço da moeda americana está limitado pelas vendas de exportadores quando as cotações chegam a níveis em torno de R$ 2,30.

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