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Proibição alemã pode elevar custo de liquidez, diz Deutsche Boerse

Deutsche também apoia maior transparência em relação às posições vendidas a descoberto e as propostas feitas pelo CESR para padronizar as regras dos relatórios contábeis

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

A Deutsche Boerse, empresa que controla o mercado acionário da Alemanha, alertou que a proibição do governo alemão às posições vendidas a descoberto "pode prejudicar a qualidade do mercado e aumentar os custos de liquidez". A empresa também disse que apoia uma maior transparência em relação às posições vendidas a descoberto e as propostas feitas pelo Comitê Europeu de Reguladores de Valores Mobiliários (CESR, na sigla em inglês) para padronizar as regras dos relatórios contábeis.No entanto, as políticas inconsistentes da proibição às posições vendidas a descoberto dentro da Europa "não são benéficas para o centro financeiro alemão", afirmou a empresa. A Deutsche Boerse destacou que fora da Alemanha a venda a descoberto especulativa ainda é autorizada e possível. A Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido disse nesta segunda-feira que a proibição afeta os participantes do mercado alemão ou as operações realizadas na Alemanha, mas não se aplica às filiais de instituições alemãs em outros países e no Reino Unido."Isto se opõe ao nível de igualdade pretendido na Europa. Do ponto de vista da Deutsche Boerse, é importante estabelecer procedimentos e harmonizados e coordenados dentro da Europa", ressaltou a empresa alemã. Os comentários são uma resposta à decisão da Alemanha, anunciada na noite de terça-feira, de proibir a venda a descoberto especulativa em ações de 10 das principais instituições financeiras alemãs em bônus governamentais denominados em euros e em swaps de default de crédito (CDS) relacionados a esses bônus. A proibição, que foi implementada na madrugada desta quarta-feira, permanecerá em vigor até 31 de março de 2011, mas será continuamente revisada. As informações são da Dow Jones.

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