
20 de setembro de 2014 | 09h49
O governo australiano, que hoje ocupa a presidência do G-20, disse ter recebido uma aprovação "enfática" dos países-membros do grupo para estender um convite à Rússia.
"Não é uma decisão da Austrália, é uma decisão tomada por todos os integrantes do G-20", afirmou o secretário do Tesouro australiano, Joe Hockery, no início de uma reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do grupo, em Cairns, no nordeste da Austrália. "(A Rússia) é membro do G-20 e esperamos que eles participem da reunião do G-20", acrescentou ele.
Havia dúvidas se a Rússia participaria do encontro de novembro, diante do conflito pendente no leste da Ucrânia. Moscou criticou o governo australiano por ter sugerido que não convidaria Putin para a cúpula, que está marcada para 15 e 16 de novembro.
O Ocidente acusa a Rússia de ter apoiado separatistas pró-Moscou no leste ucraniano, alegação que é negada com veemência pelo Kremlin. As tensões entre russos e ucranianos diminuíram um pouco desde que entrou em vigor um acordo de cessar-fogo, no último dia 5.
Ministros e líderes de BCs do G-20 estão reunidos hoje em Cairns para discutir a desaceleração da economia global e medidas para estimular o crescimento em pelo menos 2 pontos porcentuais. Eles também vão debater a modernização do sistema tributário internacional e formas de prevenir que grandes multinacionais utilizem práticas fiscais danosas.
A Rússia tem uma delegação em Cairns, mas o ministro de Finanças do país, Anton Siluanov, não está presente. Fonte: Dow Jones Newswires.
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