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Qual a relação entre juro nos EUA e dólar aqui?

Por Agencia Estado
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A oscilação do preço do dólar está diretamente relacionada ao fluxo de recursos para o País, seja pelo lado financeiro ou pelo comercial. Diante dessa expectativa, o mercado tem repercutido, em alguns momentos, a volatilidade das taxas de juros nos Estados Unidos. Para analistas, uma eventual pausa no processo de aperto monetário da maior economia do planeta causará aumento dos fluxos para países emergentes, entre eles o Brasil. Por esse motivo, o investidor em câmbio, seja porque detém uma dívida em dólar ou que planeja uma viagem ao exterior, ou ainda que investiu em câmbio porque é conservador e quer diversificar a carteira, deve ficar muito atento aos indicadores da economia dos Estados Unidos e às decisões dos bancos centrais europeu e japonês. Recentemente, até mesmo o aperto monetário da China assustou o mercado e trouxe oscilação ao câmbio porque o país é um forte comprador dos produtos brasileiros. A incógnita sobre até quando vão subir os juros nos Estados Unidos afeta o Brasil e os países emergentes como um todo por diversos motivos: uma forte alta deve causar prejuízos aos investidores na bolha do mercado imobiliário norte-americano, causando venda de ativos de maior risco por esses investidores; o interesse pela maior remuneração dos títulos norte-americanos pode reduzir o interesse por aplicações em emergentes; a alta dos juros é um fator que busca a redução da demanda e isso afeta as exportações de outros países para os EUA, entre outros. Mas mesmo com a volatilidade atual, o diretor-executivo da Emerging Portfólio Fund Research, Brad Durham, disse que o fluxo da semana encerrada no dia 26 de abril para os países em desenvolvimento atingiu US$ 276 milhões, nível que não era registrado desde 22 de março, quando bateu em US$ 586 milhões. Na Bovespa, houve entrada líquida de capital externo de R$ 1,188 bilhão no mês de abril. Esse interesse por parte dos ativos brasileiros, mesmo com a volatilidade lá fora, é em grande parte atribuída à melhora dos fundamentos da economia brasileira. Um forte exemplo de que a economia brasileira está menos vulnerável é a reação comedida dos mercados diante da troca de ministros na Fazenda. No acumulado de maio, o preço do dólar comercial perde 0,77% e no ano a perda é de 10,92%.

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