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Queda de juros futuros de longo prazo perde força

Por Denise Abarca e da Agência Estado
Atualização:

Os juros futuros longos encerraram perto da estabilidade nesta terça-feira. As taxas, que operavam em baixa desde a abertura dos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), abandonaram a queda no meio da tarde, com a notícia de que a Alemanha está liderando a elaboração de um pacote de ajuda financeira à Grécia, cuja situação fiscal delicada vem, há dias, dando suporte para as perdas do euro e, no mercado de juros, alimentando ordens de venda. Os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) de vencimentos curtos passaram o dia levemente pressionados pela deterioração nas expectativas de inflação e também da inflação corrente. Ao término da negociação normal da BM&F, o DI de janeiro de 2012 (95.940 contratos negociados) tinha taxa de 11,42% ao ano, estável ante o ajuste de ontem, após marcar 11,40% no início da tarde. O DI de janeiro de 2013 (19.140 contratos negociados) projetava taxa de 11,90% ao ano, de 11,92% ontem, tendo começado a tarde a 11,88%. O DI de janeiro de 2011 (357.835 contratos negociados) projetava 10,26% ao ano, de 10,21% no ajuste de ontem. Segundo o jornal alemão FT Deutschland (FTD), que cita fontes da coalizão do governo alemão, a Alemanha está elaborando um pacote de socorro para a Grécia. As possíveis soluções incluem suporte bilateral e ajuda internacional coordenada pela União Europeia. O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, deve informar os líderes do partido CDU, da chanceler Angela Merkel, sobre o detalhes nesta quarta-feira, segundo os informes. No entanto, o porta-voz do governo alemão Ulrich Wilhelm disse que a Alemanha não tomou nenhuma decisão sobre uma potencial ajuda de emergência para a Grécia. Ele rejeitou os relatos de fontes da coalizão do governo de quem uma decisão sobre a ajuda para a Grécia estava praticamente tomada. Já os contratos curtos sustentaram o viés de alta de ontem. Segundo os profissionais do segmento de renda fixa, a piora na estimativa de IPCA 2010 - a mediana avançou de 4,62% para 4,78% -, apontada ontem na pesquisa Focus, está segurando as taxas, uma vez que o noticiário doméstico também não trouxe nada de diferente para alterar a rota. Hoje a Fipe informou que o IPC ficou em 1,28% na primeira quadrissemana de fevereiro, abaixo da taxa apurada em janeiro (1,34%). O resultado ficou dentro das previsões, que iam de 1,02% a 1,45%, e superou a mediana, de 1,24%. E o IBGE divulgou a pesquisa de emprego industrial, que teve queda de 0,6% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal.

 

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