O diretor-executivo do Bradesco, Sérgio de Oliveira, disse hoje que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, de 1,4% na comparação com o período imediatamente anterior, ficou um pouco acima do esperado, apesar de não ser suficiente para alterar as projeções para o ano. "Projetamos PIB anual de 4%, enquanto o resultado do trimestre sinaliza algo em torno de 5,6%", afirmou. Segundo ele, é natural que a economia apresente certo desaquecimento ao longo do ano, o que pode levar a um crescimento anualizado inferior ao projetado pelo índice do primeiro trimestre. "Preferimos esperar os próximos resultados do PIB para mexer nas estimativas", comentou Oliveira. Ele afirmou também que a redução dos juros realizada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), para 15,25% ao ano, ficou dentro da expectativa, em linha com o projetado pela área econômica do Bradesco. "O mercado deve reagir bem ao longo do dia", comentou. Para Oliveira, a instabilidade atual dos mercados não preocupa e deve ser passageira. "O Brasil está economicamente forte e deve superar a situação no curto prazo." O executivo mantém a expectativa de que a Selic encerre o ano entre 14% e 14,5%. O diretor disse ainda que a concessão de crédito no Bradesco continua aquecida, especialmente para o segmento de pessoa física. "As empresas ainda estão tímidas na busca por recursos, já que as grandes companhias estão se financiando via mercado de capitais", explicou. O Bradesco espera expansão de 25% para a carteira de crédito no ano. Oliveira participou hoje do evento Destaque Empresas, realizado pela Agência Estado para premiar as melhores companhias abertas de 2005.