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Redução de posições vendidas em taxa puxam DIs

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 294.620 contratos, estava em 10,18%

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

Sem o mercado externo como referência, uma vez que as bolsas europeias e norte-americanas não tiveram expediente, as taxas futuras moveram-se em alta. Com liquidez estreita, esse avanço foi atribuído à redução de posições vendidas em taxa por parte dos investidores, que ainda se ajustam às novas apostas de que a taxa Selic não atingirá mais o patamar de um dígito em 2012. O relatório Focus, divulgado logo cedo pelo Banco Central, não fez muito preço, a despeito de os analistas terem elevado a previsão de inflação para este ano e reduzido a expectativa de variação dos preços em 2012.

 

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Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 294.620 contratos, estava em 10,18%, de 10,06% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI janeiro de 2014 (46.930 contratos) subia a 10,64%, de 10,52%. Entre os longos, o movimento foi mais enxuto e o DI janeiro de 2017 (5.905 contratos) indicava 11,13%, de 11,03% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2021 (apenas 140 contratos) avançava para 11,33%, de 11,22%.

 

A redução das expectativas para o IPCA em 2012, de 5,39% para 5,33%, como indicou a Focus, já estava nos cálculos dos analistas que, após a nova ponderação da POF, ainda acreditam em mais alguns pequenos ajustes de baixa. No que diz respeito à inflação oficial para este ano, as projeções do mercado voltaram a subir, passando de 6,52% para 6,54% - ante um teto da meta de 6,5%. Ainda assim, como uma variação inferior a 6,55% pode ser arredondada para baixo, a meta de 2011 deve ser assegurada.

 

Por outro lado, o levantamento diário da Fundação Getúlio Vargas continuou apresentando inflação pressionada. Segundo uma fonte, a pesquisa mostrou que o IPCA saiu de 0,46% para 0,52% do dia 22 para o dia 23 de dezembro. O grupo Alimentação e Bebidas variou de 1,34% para 1,39% neste período. Agora, com as liquidações de fim de ano, há quem espere algum arrefecimento dos preços.

 

De volta à Focus, a pesquisa revelou que os agentes não mudaram a expectativa de que a Selic encerrará 2012 em 9,5%, como já ocorreu no mercado de juros futuros. No entanto, como o Relatório Trimestral de Inflação e a taxa de desemprego de 5,2% em novembro foram divulgados apenas na quinta-feira, as revisões ainda podem vir mais adiante.

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