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Restrição em Congonhas é "aberração", diz OceanAir

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do grupo Sinergy, German Efromovich, que controla a companhia aérea OceanAir, disse que a decisão do juiz Ronald de Carvalho Filho, da 22ª Vara Cível Federal de São Paulo, de proibir a operação de aviões Fokker-100 (MK-28) no aeroporto de Congonhas é "equivocada e uma aberração", caso ela seja levada adiante. Segundo o executivo, a empresa mantém 28 slots (autorizações de pouso e decolagem) no aeroporto de Congonhas, sendo que 90% destes são operados com o Fokker. "Eu quero crer que isso seja um equívoco e não uma decisão tendenciosa." Efromovich lembrou que a decisão do juiz foi tomada como resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), que solicitou a interdição do aeroporto de Congonhas devido aos problemas de derrapagens na pista principal. Segundo ele, a medida adotada pelo juiz não foi baseada em nenhum laudo técnico, mas apenas em informações colhidas em diversos órgãos. A OceanAir tentou falar com o juiz hoje para tratar do assunto, porém não foi recebida porque não faz parte do processo. As partes envolvidas são a Anac e a Infraero. Efromovich explicou que queria apresentar a Carvalho Filho dados técnicos que mostram que há segurança para a operação do Fokker-100 em Congonhas. Segundo ele, são necessários 900 metros de pista seca ou 1.035 metros em pista molhada para que o modelo pouse em segurança. A pista principal de Congonhas possui 1.940 metros. "Se tivermos oportunidade, vamos apresentar esses números ao juiz, que vai reconhecer que houve um equívoco." Efromovich reiterou que espera que a decisão seja revertida em breve e afirmou que as vendas de passagens da OceanAir para saídas a partir de Congonhas continuam sendo feitas normalmente. "A Anac nunca disse que Congonhas não é seguro. Se nós não tivéssemos certeza disso, não levantaríamos vôo", disse o executivo. "A empresa não é uma kamikaze que vai subir na aeronave para se suicidar", brincou. O presidente da Sinergy disse ainda que uma transferência das operações de Congonhas para Guarulhos não poderia ocorrer num espaço tão curto de tempo - a proibição de vôos do Fokker-100 em Congonhas começa a vigorar na próxima quinta-feira. "Sem Congonhas, nossa operação fica inviabilizada. Isso pode até quebrar a companhia." Se isso ocorrer, Efromovich pretende processar "os responsáveis" por perdas e danos.

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