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Rosneft e Lukoil começam a sentir efeitos de sanções

Por Danielle Chaves
Atualização:

A estatal Rosneft, a maior companhia de petróleo da Rússia, pediu 1,5 trilhão de rublos (US$ 42 bilhões) em ajuda do governo para resistir às sanções impostas por países do Ocidente, segundo informações do jornal Vedomosti. Ao mesmo tempo, a Lukoil, que é a maior petroleira privada do país, alertou que pode sofrer uma redução nas vendas no exterior por causa da imagem negativa da Rússia internacionalmente.O executivo-chefe da Rosneft, Igor Sechin, pediu que o Kremlin autorize um pagamento do Fundo de Bem Estar Nacional - usado para fechar rombos no sistema de pensão - para compra de bônus da estatal, de acordo com o Vedomosti. Uma fonte afirmou ao jornal que o plano dificilmente terá apoio.A Rosneft, que tem uma dívida líquida de cerca de US$ 44 bilhões, é um dos alvos das sanções introduzidas por países do Ocidente contra a Rússia em resposta à anexação da região da Crimeia pelo país e pelo apoio do governo russo aos separatistas na Ucrânia. Os EUA proibiram que cidadãos norte-americanos forneçam empréstimos de mais de 90 dias à Rosneft. Grandes bancos europeus tomaram a mesma medida.Enquanto isso, a Lukoil afirmou em seu relatório trimestral que "uma percepção negativa da imagem pública da Federação Russa na maioria dos países onde há operações (...) pode levar a um declínio nas vendas no varejo no curto prazo". A empresa também destacou que "uma piora na situação da Ucrânia pode ter impacto negativo sobre a macroeconomia (...) incluindo volatilidade na taxa de câmbio e degeneração no clima de negócios em geral".A Lukoil não está incluída nas sanções, mas o alerta mostra que, apesar da recente suavização do discurso do governo russo, as sanções começam a ser sentidas na economia real - até por empresas que não são diretamente afetadas pelas punições. Com informações da Dow Jones Newswires.

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