O governo russo captou US$ 5,5 bilhões em uma oferta de bônus denominados em dólares, dividida em duas partes. Este é o primeiro lançamento de títulos pelo país no mercado de capitais internacional desde 1998. A operação foi coordenada pelos bancos Barclays Capital, Citigroup, Credit Suisse e VTB Capital, de acordo com uma das instituições que participaram da emissão.
A Rússia captou US$ 2 bilhões com uma emissão de bônus de 5 anos, com vencimento em 29 de janeiro de 2015. O título foi vendido com um preço de 99,475% do valor de face, taxa de retorno ao investidor (yield) de 3,741% ao ano e cupom de juros de 3,625% ao ano. O papel foi emitido com spread de 125 pontos-base acima do Treasury.
Os outros US$ 3,5 bilhões foram captados com a emissão de títulos de 10 anos, que vencerão em 29 de abril de 2020. Os bônus foram colocados a 99,363% do valor de face, taxa de retorno ao investidor (yield) de 5,082% ao ano e cupom de juros de 5% ao ano. O papel foi emitido com spread de 135 pontos-base acima do Treasury.
A Moody's Investors Service classifica a dívida da Rússia como Baa1, três níveis acima do grau especulativo. Pela Standard & Poor's, a Rússia tem rating BBB, igual à classificação fornecida pela Fitch.
Doze anos depois de declarar default sobre sua dívida doméstica, o governo russo voltou ao mercado de bônus internacional para tampar buracos no orçamento do país, que deverá registrar um déficit de 6,8% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. As informações são da Dow Jones.