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São Martinho negocia aquisição de usina em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da São Martinho, João Carvalho do Val, revelou que a companhia negocia a aquisição de uma usina de açúcar e álcool no Estado de São Paulo, sem precisar a região. De acordo com o executivo, a unidade, de médio porte, tem aproximadamente capacidade de moagem de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. "O que podemos dizer é que as negociações estão em curso", comentou. Segundo ele, a aquisição está sendo discutida em parceria com a usina Santa Cruz, subsidiária da Luiz Ometto Participações, que detém 25,9% das ações ordinárias da São Martinho. Preliminarmente, cada empresa teria participação de 50% no negócio, sendo que, numa etapa posterior, a São Martinho ficaria com uma fatia um pouco maior. "Esse ponto ainda não está definido", ponderou. Atualmente, a companhia possui pouco mais de R$ 300 milhões em caixa para expansão. O montante seria mais do que suficiente para a aquisição da unidade em vista, na avaliação de Do Val. Etanol O etanol poderá representar 60% no mix de produção no Brasil em um horizonte de cinco anos, na avaliação do executivo. "Durante a safra, devem entrar 30 usinas, direcionadas para o etanol. Com isso, o mix será entre 1% a 2% a favor do produto", comentou o executivo em teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre de 2007, safra 2006/2007. Carvalho ressaltou que o aumento da oferta deve ser acompanhado pela preocupação de criar um mercado que absorva o produto. "É claro que o colchão do carro a álcool e flex amortiza uma possível queda do preço", afirmou. Para a gerente financeira e de Relações com Investidores da São Martinho, Denise Francisco, há uma demanda concreta pelo biocombustível no médio prazo. Baseada em projeções da Unica, ela ressaltou que o mercado deverá demandar 27 bilhões litros em 2012. "Hoje, 85% das vendas de carro são flex fuel", afirmou. A executiva avaliou, além disso, que as projeções elaboradas atualmente são conservadores diante do potencial do mercado. "Se a taxa de importação dos Estados Unidos fosse retirada, não teríamos etanol suficiente para abastecer o mercado americano", concluiu.

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